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sexta-feira, novembro 06, 2009

ENTREVISTA COM O KIKO EM BUCARAMANGA | PARTE 1

Ainda com a derradeira turnê do personagem Kiko, o ator Carlos Villagrán está visitando vários países da América Latina para apresentar o espetáculo de despedida do grande vilão da vizinhança. Na sua passagem por Bucaramanga (Colômbia), o ator concedeu uma entrevista ao jornalismo local, como sempre nostálgico, meio ácido, mas ordinariamente original.

Na entrevista, Villagrán reiterou que seu maior parceiro, de fato, foi Don Ramón Valdés, o Seu Madruga, com quem chegou a trabalhar mesmo depois de ter abandonado (ou de ter sido "demitido", como ele gosta de dizer) a trupe de Chespirito.

A despeito da eterna batalha travada entre o sr. Roberto Bolaños e Carlos Villagrán, o gênio sempre procurou destacar suas sinceras opiniões acerca do trabalho do Kiko; que não chega a ser menos do que fantástico. Assim o fez em sua autobiografia, Sem querer querendo: "Carlos Villagrán fazia pequenos papéis num programa apresentado por Rubén Aguirre [profesor Jirafales. O programa é o Club de Shory], mas eu não tinha tido a oportunidade de vê-lo. Sem embargo, o conheci em uma festa particular na casa de Rubén, onde este e Carlos apresentaram uma esquete em que faziam los papéis de um ventríloquo e seu boneco, e que me fez rir até não poder mais.

"Carlos no papel do boneco Pirolo falava com as bochechas inchadas, as quais lhe davam um aspecto abertamente caricaturesco que favorecia amplamente a comicidade do número. Isto me fez recordar uma das causas do riso que destaca Henri Bergson em seu excelente estudo: 'são frequentes causadoras do riso a humanização do mecânico e a mecanização do humano". Era precisamente o que fazia Pirolo".

Por ser um tanto longa, a entrevista foi seccionada em duas partes. Na semana que vem, saiba as respostas de Carlos quando perguntado sobre seus colegas de elenco!


Entrevista com Carlos Villagrán


Muitos comparam seu personagem e o resto do elenco em Chaves com uma obra de arte. A quê atribui a imortalidade que parece marcar o Kiko e seu personagem?

VILLAGRÁN - É muito singelo. É querer fazer. Você tem ouvido através do tempo que todos os adultos guardam uma criança dentro de si, pois bem, Carlos Villagrán tem uma criança adentro e tem a sorte de exteriorizá-la, que é Kiko, o que todos vocês conhecem. E bem, temos que ser felizes nessa vida. Muitas ve\es falamos do paraíso para quando murrermos, e não é certo, o paraíso é aquí mesmo, tu vê lo verde, vê os diferentes verdes, o outono muda, quando cai a neve, quando come uma banana, sabe que é diferente de uma laranja, uma manga. Então... este é o paraíso, o que acontece é que tem muita gente que não quer se dar conta. Por isso, queridos amigos, lhes digo, caiam em si de que este é o paraíso e temos que ser felizes, ajuda ao próximo, e se pode dar, então se esforce para dar mais... Eu sugiro que nos demos a mão mundialmente, primero para salvar o mundo, porque nele está o futuro de nossos filhos, então estamos fallando do futuro de todos.


Kiko reflete aspectos ou características da infância vivida por Carlos Villagrán?

VILLAGRÁN - Nããão! Kiko tem um pouquinho de todas as crianças. A pureza, a burrice, a ingenuidade, e enfin, toda essa riqueza que têm as crianças, seja coreano, russo, árabe, ou de qualquer parte do mundo. Então eu creio que Kiko é uma criança do mundo e, bem, não tem nada a ver com minha infância, não me apoiei em nada de minha vida em particular.


E hoje, o que te desespera?

KIKO - Você, por exemplo... não, não é certo, não creia!
VILLAGRÁN - [risos. Eu não entendi] Pois realmente o que desespera o Kiko vocês sabem, vendo o programa. Mas ao Carlos Villagrán o que desespera é que e, suas funções não haja organização, o que uma criança saia insatisfeita, que caia ou sofra algum acidente, quando há lotações. Por exemplo, saimos hoje do Hotel e eu estava muito nervoso, porque muita gente que estava atrás do tumulto, e alguém podia se machucar.


E com quê não tiem paciência?

VILLAGRÁN - Não, não. Não es questão de paciência, o que lhes digo é questão de precaução com nossos filhos.


Os que seguem o Kiko sabem como são seus días no meio das brincadeiras e dos companheiros da Vizinhança. Como é então um día para Carlos Villagrán, quando não personifica o Federico ou Kiko?

VILLAGRÁN - Sou um pai normal. Sou uma pessoa normal, sou teu amigo, sou una pessoa muito grata. Deus nos pôs a cada um neste mundo para cumprir algo. Deus nos diz todos os días que você um talento para isso, você para outra coisa, você tem um talento para pintar, e bem, a mim me disse "você tem talento para fazer rir as pessoas". Imagina, se eu posso fazer rir, é algo bonito. Então minha tarefa é me vestir de marinheiro, fazer o Kiko e fazer as pessoas rirem.


Uma pergunta cosmética. Por que, se existem agora tantas cirurgías estéticas, Kiko não mandou consertar essas bochechas de buldogue velho?

KIKO - Pois porque não necessito! Eu já venho com defeito de fábrica!
VILLAGRÁN - Os personagens como Kiko são eternos por tanta repetição, mas o que acontece com o ator Carlos Villagrán ou cualquier outro actor é que ele envelhece, então tem que ter a precaução, a prevenção para que no momento certo se diga, "bem, deixo o personagem e me dedicarei a continuar como Carlos".


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