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sexta-feira, novembro 04, 2011

Boss: A nova série de Kelsey Grammer

Kelsey Grammer em sua nova série
No final de outubro, o canal estadunidense Starz estreou a sua maior aposta para esta temporada: Boss, drama shakespeariano estrelado por Kelsey Grammer, pela primeira vez longe da comédia, que o consagrou como um dos atores mais respeitados da América. Apesar disso, as suas últimas investidas no humor acabaram não dando certo: Back to you (2007), apesar de óptima, foi cancelada ainda na primeira temporada, mesmo destino que sofreu Hank (2010), esta sim ruim de doer. O próprio Kelsey confessou que Hank "não era engraçado".

A confiança que o canal deposita na série é tamanha que a segunda temporada já havia sido encomendada antes mesmo de a primeira estrear.

No teatro, Grammer já tinha trabalhado com Shakespeare, mas teve a sua interpretação duramente criticada; ele teria passado do ponto na hora de compor o personagem. Felizmente, em Boss os críticos tiveram uma agradável surpresa: com uma atuação bem trabalhada, o ator surpreendeu e tem sido merecidamente elogiado pelo seu desempenho.

Inspirada na peça O Rei Lear, a série conta a história de Tom Kane (Kelsey), prefeito de Chicago, que é diagnosticado com uma rara doença degenerativa. Ele é apresentado como um homem poderoso, severo, temido pela sua personalidade. Não permite que ninguém, além de sua médica, tome conhecimento do seu estado de saúde, o que imprime uma constante agonia em sua figura; aos poucos os sintomas da doença, semelhante ao Mal de Alzheimer, vão se manifestando e o único confidente de Kane acaba sendo o telespectador -- apesar de que, a série poderia deixar muitas brechas para que nos aproximássemos mais do personagem.

O casamento é aquele típico teatro político focado nas aparências. A esposa Meredith (Connie Nielsen), aos olhos do eleitorado e da mídia, é sempre presente, uma primeira-dama participativa que, na vida pessoal, é uma mulher amarga e ensimesmada, que não divide com o marido as próprias ambições.

Com a filha Emma (Hannah Ware) a relação de Kane é ainda mais sufocante. Talvez por ter ciência do pouco tempo que lhe resta, o prefeito tenta reatar os laços com a jovem, que o repele, porque a ausência do pai é algo que lhe provocou muito sofrimento. E isso é algo que ela tenta superar, ironicamente, levando uma vida também de aparências; só que ao seu jeito.
Com 8 episódios, a primeira temporada de Boss será exibida praticamente sem hiatos, até o dia 9 de dezembro.

Um comentário:

  1. A premissa é muito interessante e convidativa. Parece ser uma ótima série dramática, mas será que o público vai aceitar bem? A série tem que ser muitoa boa para cativar, da mesma premissa tem aos montes.

    É aguardar pra ver.

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