sexta-feira, abril 23, 2010

ESPECIAL CHEERS | PARTE 1

Poucas décadas são lembradas com tanto carinho como a de 80: foi um tempo em que da indústria do entretenimento saíam coisas das mais interessantes. Dentre elas, escolhemos falar de Cheers, série que ficou no ar durante 11 anos (1982 a 1993), suficientes para marcar toda uma geração. Qualquer que seja o seu sitcom favorito de hoje, acredite, um dia ele já sonhou em ser Cheers.

Como a maioria de vocês não a conhece, vamos abrir este Especial com um review do episódio "Piloto", que traça um bom perfil dos personagens do elenco original.

O Professor Sumner Sloan (Michael McGuire, convidado especial) e sua assistente Diane Chambers (Shelley Long), estão prestes a se casar, e de malas prontas para o Caribe. Mas antes, ele faz questão de buscar a aliança que ainda estava em posse da ex-mulher, e pede que a noiva o aguarde naquele bar, o Cheers, e diz pessoalmente ao barman que tome conta dela.

O barman é o mulherengo Sam Malone (Ted Danson), dono do Cheers. Não chega a impressionar Diane, mas ele tem mesmo uma pinta de conquistador. Já foi jogador de baseball, época em que foi treinado pelo "Coach" (Treinador) Ernie Pantusso (Nicholas Colasanto), agora atendente do bar.

Desde o primeiro momento, Diane fez questão de ficar na sua. Sam tentou fazer sala, mas ela logo rechaçou a formalidade. Sacou de sua bolsa um livro, para não ter que falar com ninguém. Quando Sam explica ao Coach que Diane apenas ia ficar ali por um tempo, ela interferiu, pedindo que não discutisse sua vida com qualquer um. "E o que eu digo, então?", Sam perguntou. "Não me interessa", respondeu. "Ela é uma prostituta", Sam disse ao Coach, já que era pra dizer qualquer coisa.

A garçonete Carla (Rhea Perlman) aparece já cuspindo fogo porque estava atrasada. Ao notar Diane sentada ao balcão, sozinha com suas malas, faz piada, mas Sam avisa que a cliente não queria ser incomodada. "Bom, então diga à Sua Alteza que me perdoe!", e retirou-se.

Eis que chega o cliente mais fiel do bar. Dá um banal "Boa noite, pessoal" e todos gritam: "Norm!" - cena que se repete em todos os episódios. Ele é Norman Peterson (George Wendt), contador que passa mais tempo no Cheers do que na própria casa com a esposa Vera, que é sempre mencionada mas nunca dá as caras. Um dos maiores fãs de Sam, Norm conta a Diane sobre a trajetória meteórica do ex-jogador, mas ela não se interessa. Carla, outra fã de Sam, conta para Diane sobre a vez em que ele derrotou três jogadores de uma vez só. Diane mandou um brochante "Oh.", e Carla pergunta a Sam "Quanto tempo vai durar a convenção das moscas mortas?".

Até que Diane questiona por que Sam deixou o baseball, se era tão bom. Ele explica: "Eu tive um problema de cotovelo. Levantamento de copo.", e ela deduz: "Você era alcoólatra?". A resposta veio do Coach: "Tás brincando? Ele era um grande alcoólatra! Tudo o que ele fazia era óptimo!". Sam explica que comprou o bar quando ainda bebia, e que o mantém por questões sentimentais, mas não bebe há três anos.

Quando Diane vai ao banheiro, todos perguntam a Sam qual era a dela. Respeitando a vontade da moça, ele se nega a responder, mas foi uma comoção geral. Coach não via problema: "Calma pessoal, Sam está envergonhado, mas eu posso esclarecer. Ela é uma prostituta". Pra não ficar o mal-entendido, Sam conta a todos que Diane só estava esperando o noivo, que logo apareceria para levá-la ao Caribe. Assim, Diane sai do banheiro ovacionada por todos os fregueses do bar, com direito a tapinha nas costas de Norm. "Sentiram sua falta", explicou Sam...

Muito atrasado, Sumner regressa, maravilhado com o caráter da ex-mulher. Sequer pôde aceitar a aliança de volta. Estava confuso, e disse que não poderia embarcar para Barbados assim. "Sumner, está tudo bem, o piloto conhece o caminho", Diane apressou. Ele então cria coragem, mas antes que saísse a esposa telefona para o bar, dizendo fazer questão que ele leve o anel. "Barbara, isso é muito bonito da sua parte. Sua grandiosidade me assusta". Apesar da resistência de Diane, ele vai buscar: "Sumner, que tal um beijo?", ela arriscou. "Não sei, vai depender da situação", e cruza a porta. Ela volta ao balcão humilhada.

Horas depois, o bar já estava quase vazio. Até Norm teve que ser levado para casa por Coach. "Norm, eu vejo você aqui todas as noites. A sua esposa não fica se perguntando onde você está?" - "Fica. Não se importa, mas fica".

Quando o último cliente sai, agradece a Sam por tê-lo escutado - a famosa psicologia de barman. Diane vê tudo aquilo, e agora só restava ela de cliente. "Deve ser cansativo ficar ouvindo os problemas dos outros, né? Eu me pergunto: por que as pessoas contam seus problemas ao barman? É deprimente, não?" "É", responde Sam. "Pobres coitados que não têm a quem recorrer a não ser um estranho que fica servindo coquetéis...! Eu conheci Sumner dois anos atrás..." e por aí foi.

O desabafo não termina bem, e os dois discutem. Diane resolve ir embora, e pede apenas que Sam avise ao Professor assim que ele volte. Antes, ela liga para a companhia aérea para mudar as reservas das passagens, e descobre que Sumner, que também era seu patrão, já embarcou para Barbados com a ex. Abandonada, Diane se pergunta o que vai fazer agora, e Sam a convida para trabalhar no bar. Enquanto ela explodia em gargalhadas, Carla pede que ele anote o pedido dos clientes que acabaram de chegar: "Sam, preciso de duas vodcas. Uma pura, a outra com gelo. Úisque com gelo, soda, um Manhattam sem cereja, vinho branco com água com gás, um café irlandês descafeinado e sem açúcar". Já Diane tinha algo a dizer ao homem: "Escute, espertinho. Eu preciso de um emprego, e vou achar um. E pode apostar que não será servindo mesas". "Então, você é qualificada para o quê?" - "Nada.", e decide ir em busca do emprego ideal. "Carla, qual é mesmo o pedido?" "Duas vodcas. Uma pura, a outra com gelo. Úisque com gelo, soda, um Manhattam sem cereja, vinho branco com água com gás, um café irlandês descafeinado e sem açúcar", disse Diane antes de sair.

Claro, depois dessa ela virou garçonete, mas nunca mais repetiu uma dessas. Nessa função, ela chegou a lembrar muito a Rachel de Friends, com a diferença de que veio primeiro...

Do casting original, o que teve menor participação foi o Cliff Clavin, carteiro que adora falar sobre curiosidades inúteis, quando não são grandes mentiras. Na ocasião o ator John Ratzenberger ainda era só convidado especial.

Como em toda série, o episódio piloto nunca é o melhor (apesar de que este foi o suficiente pra me conquistar). Mas pra vocês, este é um primeiro contato. Estejam certos de que com o passar do tempo, Cheers só melhora. E quando menos esperar, você já é um frequentador assíduo deste aconchegante bar em Boston.

Painel
Todos os DVDs da série
Apenas 3 lançados no Brasil. Damn you, Paramount!
http://img444.imageshack.us/img444/3921/dvdsz.jpg

3 comentários:

J. Júnior disse...

Muito bom! Essa sua idéia de descrever o episódio-piloto nesta
1ª parte do especial foi muito feliz, pois nos coloca a par do seriado de uma forma mais direta(no caso, os que não conhecem muito bem a série, como eu).
Concordo com o que você disse sobre a indústria do entretenimento dos anos 80 (e acrescento os 90). Foi uma época áurea da produção de conteúdos pra TV, especialmente seriados.

No aguardo da segunda parte. Abraço!

Alan Raspante disse...

Cara eu não lembro de Cheers, mas vando esse logotipo e os atores, eu lembrei bem vagamente...era série que passava no SBT, né ?
Bem, a primeira parte esteve impecável, esperando avidamente pela segunda parte ! Aeeeeeee !

Unknown disse...

Pessoal , fiquei impressionada com essa série... moramos em Santos-SP, e resolvemos montar um pub, pois não trem na região, e na busca de um nome escolhemos algo que lembrasse brindar, confraternizar, por isso colocamos o nome de CHEERS PUB,inauguramos em 30/10/09, muitos clientes nos procuram pensando que é uma franquia do seriado, ou até uma alusão ao seriado, que nunca vimos ou tínhamos ouvido falar e procurando na net encontramos esta maravilha com atores que adoramos e toda essa decoração de madeira com muitos quadros e a escada de madeira como no nosso bar,o sino dentro do bar.... foi incrível.... estou até agora sem palavras , até me emocionei... grande beijo á todos - Solange

"Blog de humor e fantasia, criado para fins de entretenimento, apenas. As informações e opiniões aqui contidas podem não corresponder à realidade. Se você se ofendeu com alguma postagem, certamente a mesma se trata uma ficção que deve ser imediatamente desconsiderada, e não levada a sério"
Related Posts with Thumbnails

contador de visitas

Contadores Web visitantes desde 12-07-2008 (o blog foi criado em Outubro de 2006) [Contadores Web]