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quinta-feira, setembro 02, 2010

Mais uma sobre Tiririca e as eleições

Será que Tiririca, mesmo sem ser eleito (ainda), já vem promovendo revoluções em nosso cenário político? Não, também não é pra tanto. Ou será?

Os vídeos da propaganda eleitoral do humorista, candidato a deputado federal, estão entre os mais vistos no YouTube, e tema de matérias inflamadas (essa aqui é só mais uma) de jornalistas mais conservadores. Razoável a repercussão, já que Tiririca é um dos mais engraçados e talentosos em seu ramo. É um personagem extremamente original, que não sabe absolutamente nada sobre política. Francisco Everardo Oliveira Silva, o homem por trás de todas as gargalhadas, também não. A única diferença entre eles é que o Tiririca assume publicamente a ignorância, Everardo não. Sobre seus projetos, ele se limita a dizer que quer "fazer algo pelo Nordeste" (embora esteja concorrendo por São Paulo). O que seria esse "algo", a menos que eu esteja muito enganado, nem Everardo nem Tiririca têm conhecimento do que seja.

Tudo isso pra dizer que o humor é, ou se tornou, algo intrínseco à política brasileira. Os próprios políticos criam piadas sobre si mesmos, apesar de que algumas delas são sérias e sem a menor graça - nem por isso menos patético. E o Tiririca, deve ser crucificado pela sua campanha? Não! Apenas o tomamos como exemplo, por ser um dos mais famosos. Isso tudo vem de antes dele, o coitado não inventou nada (e "pior do que tá não fica...").

Como privar os programas de rádio e TV de uma das épocas mais férteis de piadas? Fazer humor não é fácil. No período de eleições, as ironias, as paródias, as imitações, são ferramentas eficientes para fazer o telespectador rir, de tudo. Pode não parecer, mas ajuda a refletir. E mesmo assim quiseram proibir que fossem feitas chacotas sobre os políticos no período eleitoral! Logo agora?

Os humoristas foram às ruas, gritaram contra a censura, e no final das contas, o Supremo Tribunal Federal entendeu que realmente há que se pensar melhor no assunto e, sob efeito de liminar (e por isso mesmo, provisório), as piadas estão liberadas até que o assunto seja novamente discutido.

Rigorosamente, só o que vai mudar é que os programas do gênero poderão pegar o bonde andando, porque a palhaçada não parou por causa de nenhuma lei eleitoral. Vão chegar atrasados porque Tiririca e seus amigos já estão lá, matando muita gente de rir.

* Matéria extraída do blog "Meus 2 Centavos"


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segunda-feira, março 23, 2009

A POLÍTICA MATOU CLODOVIL HERNANDES

Semana passada, de forma muito rápida, o Brasil se despediu de uma de suas figuras mais polêmicas: Clodovil Hernandes. Estilista, apresentador, deputado federal e um personagem de várias faces. Filho de pais adotivos, ele não conheceu a mãe verdadeira.
Não estamos concentrados na novidade da notícia (pô, ele morreu na semana passada), até porque isso aqui não é obituário.
Clodovil era um senhor de 71 anos. Era impressionante sua condição física, e mental, já que polêmico ele sempre foi. Como estilista, foi referência em décadas passadas, chegando a ser considerado por alguns o melhor do país durante certo tempo. Apresentador, passou pelas mais diversas redes de televisão, da Globo à Rede TV, colecionando desafetos em todas elas.
Mas foi como deputado federal que se Clodovil viveu seus últimos dias.

Pânico na TV

Foram conteúdo de diversas matérias as desavenças entre Clodovil e o Pânico na TV, em 2004. No quadro das Sandálias da Humildade, a dupla Vesgo e Silvio perseguiu o então apresentador durante dias, na emissora, na sua casa, na rua, na chuva, na fazenda, numa casinha de sapê.
Os motivos do Pânico, embora ferissem de certa forma a dignidade de Clodovil, eram justificáveis. A humildade nunca foi mesmo uma de suas qualidades. E a forma com que se defendia dos assédios do Pânico era ainda pior: Clodovil escrachava, insultava, gritava, lançava macumba. E isso alimentava ainda mais a audiência de ambos os programas, inflamando a guerra interna na Rede TV.
Ele chegou a afirmar numa entrevista que condenou a forma com que o Pânico conduziu a situação, já que tudou poderia ter sido previamente combinado com ele para evitar tais constrangimentos.

Congresso Nacional e Assassinato

Fizemos essa breve retrospectiva intencionalmente. Mas antes, vamos falar dos seus últimos dias de vida.
O PTC de São Paulo, partido pelo qual Clodovil concorreu ao cargo de deputado federal, tinha entrado na Justiça reivindicando seu mandato, acusando-o de infidelidade partidária. Mas o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, tinha decidido manter o seu mandato. Dentre outras razões, porque Clodovil obtivera uma expressiva votação de quase meio milhão de votos, ajudando o PTC a ter representatividade na Câmara. Também, ele afirmou ter sido vítima de preconceito dentro do partido, o que justificara sua mudança para o PR.
Dentro da Câmara, Clodovil não ficou inerte: apresentou projetos de lei, e também protagonizou seus próprios barracos ao chamar uma colega (Cida Diogo, PT-RJ) de "tão feia que não servia nem para prostituta" (veja o vídeo abaixo). Sobre seus projetos, ele apresentou um em que sugeria a proibição de brinquedos que remetessem ao cigarro ou ao seu formato, propôs instituir no 3º domingo de maio o dia da mãe adotiva, e o meu preferido: reduzir pela metade o número de parlamentares.
Aí, chegamos ao ponto. Se depois de toda aquela perseguição e atormentação do Pânico, Clodovil não foi internado sequer por um leve aumento de pressão, que dirá dessa vez, quando na última segunda-feira foi internado após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Tudo bem que, em 2005, ele apresentou uma série de problemas de saúde, mas todos pareciam ter sido devidamente resolvidos ou amenizados.
Sua morte cerebral foi anunciada nessa quinta-feira, 19 de março. Eu sempre me questiono sobre o destino de uma pessoa honesta, quando esta decide entrar para a política. O resultado é, muitas vezes, a morte. Direta ou indiretamente.
Clodovil era uma figura irritante, boçal, mas tinha suas qualidades: a maior delas, era não ter medo de ninguém. Era honesto, até certo ponto. Não era um político corrupto (até onde se sabe), mas sim esforçado: ele planejava contratar um professor da USP para que lhe desse aulas de Política (coisa que todo político devia saber antes de se candidatar). Além do mais, era um homem culto e inteligente, digno de proferir belas palavras e prender a atenção sempre que falava. Eu me lembro que, na época do A Casa é Sua, eu fazia questão de assistir aos minutos iniciais do programa, que era quando ele monologava sobre assuntos diversos. Eu pensava: que cara inteligente.


POLÊMICA NO CONGRESSO!
CLODOVIL CHAMA DEPUTADA PETISTA DE FEIA



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domingo, outubro 05, 2008

URNA ELETRÔNICA NÃO É CONTROLE REMOTO

As eleições são hoje. Está pronto pra decidir o que será de nós daqui a quatro anos?
Aqui no Brasil, os artistas que não têm mais o que fazer ou não têm onde trabalhar estão aderindo cada vez mais aos planos B e C. Ou fazem um filme pornô, ou tentam entrar para a política (o que é a mesma coisa). Assim se dá com ex-BBBs, jogadores de futebol, cantores, Clodovil, Gretchen, Sergio Mallandro. E por aí vai. Vocês precisam saber, saber, que até a Ruth Lemos já se candidatou a deputada.
E essa gente que não presta nem pra aparecer na tevê se acha gabaritada para a carreira na política. Isso devia ser coisa séria, mas muito eleitor burro ou alienado acaba caindo nessa.
Nos EUA, porém, isso pouco acontece. Vide o Arnold Schwarzenegger, uma exceção. E ele nem americano é. Nasceu na Áustria, e por isso nem pode se tornar presidente dos EUA, que seria um sonho seu. Naquele país, os artistas aproveitam a fama que têm para outros fins - seja para pedir votos, ou para pedir que se vote. Porque lá, o voto não é obrigatório.
E nessas eleições, o grupo 5 Friends, liderado por Leonardo DiCaprio, Will.i.am, Tobey Maguire, e Forest Whitaker, está fazendo um forte trabalho de conscientização do eleitorado estadunidense para encorajá-lo a votar. E vários artistas se dispuseram a convocar os elitores de seu país a comparecerem no dia da votação. Dentre os que aparecem no vídeo abaixo, estão também Jennifer Aniston, Kevin Bacon, Halle Berry, Courteney Cox, Dustin Hoffman, Ashton Kutcher, Adam Levine, Eva Longoria, Tobey Maguire, Demi Moore, Usher, e vários outros. Denunciam a negligência de quem abdica desse direito, num país em que o voto dá mais certo que aqui. Porque lá, diferente do Brasil, quem quer ser votado tem que fazer por merecer. Se o cara não merece nem que o eleitor saia de casa pra ir votar, então algo está errado: e nos EUA, geralmente se conserta. Ou não.

5 FRIENDS
ARTISTAS UNIDOS PELO VOTO



O vídeo foi mais uma sugestão do Antônio!
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sábado, outubro 04, 2008

PELO AMOR DE DEUS VOTE CERTO!

E para os mais revoltados, pensem bem antes de votar branco ou nulo. Você pode fazer isso por mil motivos, mas não pense que a eleição será anulada se a maior parte dos votos forem brancos ou nulos. De qualquer forma, vence o candidato mais votado, mesmo que o único voto seja dele. E também, na prática, não há diferença entre votos brancos e nulos. Ambos valem a mesma coisa: nada. Mas ainda assim você quiser anular o seu voto, tudo bem. É um direito seu.
Aliás, direito ou obrigação? Hoje, o voto é mais um dever... Séculos atrás, o voto era um privilégio de uma minoria, dos grandes ricos. Hoje, por vários motivos, é obrigatório. Não porque é melhor assim para o país, não: os políticos perceberam como o povo é fácil de enganar e o voto acaba sendo uma forma não só de eles permanecerem no poder, como também de colocar a culpa em você por isso.
Por esses e outros motivos eu não abomino o voto em branco, mas ele é infelizmente inútil.
Se o voto não fosse obrigatório, seria pior pros candidatos, e não pros eleitores. Porque ia votar quem quisesse. E o candidato teria que se virar em dois pra fazer aquela dona de casa ranheta largar o avental e ir à urna, pra fazer um caminhoneiro cansado sair de seu sofá pra ir à seção eleitoral.
Enquanto isso não muda, o que precisamos fazer, é escolher bem. Não reeleja o prefeito se você não está satisfeito com ele. Olhe ao seu redor, e veja quantos problemas não foram resolvidos por ele em 4 anos. Porque o mandato dura 4 anos, e pense bem se o seu candidato terá condições de fazer tudo o que está prometendo nesse tempo. E é muito tempo.
Pense bem em todos os comerciais da Justiça Eleitoral nessas eleições. Todos eles foram perfeitos. Tem muita gente querendo te enganar, sorrindo agora pra te ignorar depois de amanhã. Não seja burro, Chapolin! Vote certo!


NÃO É PEGADINHA
SERGIO MALLANDRO CANDIDATO A VEREADOR



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terça-feira, julho 22, 2008

E O PRINCIPAL ASSUNTO É A GUERRA. DE AUDIÊNCIA.

Outubro se aproxima, e pouco se fala sobre a corrida eleitoral em todo o Brasil. As campanhas já começaram, e mesmo assim os eleitores parecem pouco interessados em saber quem vai comandar suas cidades pelos próximos quatro anos. O que de fato interessa aos brasileiros, hoje, é saber se a Record vai bater a Globo, se o SBT voltará à vice e se a Globo vai acordar e reagir.
É claro que esses e outros assuntos você encontra aqui no blog. Mas a vida não é só isso.
A guerra pela audiência nem é mais só entre as emissoras. Agora é a própria audiência que resolveu tomar partido de suas emissoras preferidas.
Fãs do SBT acusam a Record de plágios, os da Record acusam a Globo de monopólio e os fãs da Globo dizem que céus e terras passarão e que um dia sua emissora voltará à liderança folgada.
Nisso, cada vez mais pessoas vestem a camisa de uma emissora só. Preciso lembrar a vocês que emissora de tevê não é time, e é um erro torcer apenas para uma delas. Todas as emissoras, até a Rede TV, têm um programa que merece ser assistido, e não vale a pena usar o controle remoto só pra controlar o volume do televisor.
Você, que é fã da Record, já pensou no que seria se não tivesse o SBT e a Globo ali, na concorrência? Certamente, a Record não investiria pesado como vem fazendo, não contrataria os artistas que contratou, nem teria essa vasta opção que tem hoje pra você. Não está certo querer tirar o monopólio da Globo pra transferí-lo para a Record. O mesmo vale pra todas as outras. Assim como não seria certo que o monopólio de audiência permanecesse na Globo, ou que fosse para o SBT, ou Band, ou outra qualquer. Simplesmente há opções, e devem ser aproveitadas.
A baixa audiência de A Favorita se deve principalmente ao atual repúdio de alguns telespectadores contra a Globo. O que é uma pena, logo essa grande novela sofrer um ibope tão baixo.
Você, que não quer se ver preso a uma emissora, lembre-se que não há só ela disponível. Não se prenda a um canal, só porque ele te dá uma falsa sensação de amparo, porque nenhuma emissora vê o telespectador como ser afetivo. Todas elas encaram você com um olhar meramente profissional. A Globo reprisa velharias na Sessão da Tarde à exaustão, mesmo com um forte acervo de filmes, por preguiça e porque sabe que há uma boa fatia de público que assiste. A Record tira do ar programas que não dão audiência, sem te perguntar se você concorda com isso (vide a reprise de Essas Mulheres), e muda atrações de horário assim como o SBT - que, por sua vez, exibe horas de propaganda para algumas regiões e não tem a mínima sensibilidade com as vontades do telespectador. Dentre outros defeitos desses canais.
A tevê aberta já é tão limitada, cabe a você montar a sua própria grade, pegando um programa de cada canal, de preferência. Pois todos eles, apesar de tudo, têm algo bom a oferecer. Assistir à televisão deve ser um lazer, e não recheio para um debate eleitoral. Porque quem deve debater não é quem assiste, mas sim quem vota e quem quer ser votado. E pra isso, recomendo até que assista a não apenas um, mas a todos os debates que os candidatos de suas cidades participarem. Sem distinção de emissora.


blogaritmox@gmail.com
"Blog de humor e fantasia, criado para fins de entretenimento, apenas. As informações e opiniões aqui contidas podem não corresponder à realidade. Se você se ofendeu com alguma postagem, certamente a mesma se trata uma ficção que deve ser imediatamente desconsiderada, e não levada a sério"
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