Minha tarde com Tichina Arnold, a Rochelle de "Todo mundo odeia o Chris"!

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Foto enviada pela produtora Mable Ivory

Em fevereiro a Tichina Arnold esteve no Brasil. Eu me encontrei com ela no saguão do hotel onde ela se hospedou em Salvador, e tivemos uma longa e divertida conversa.

Tichina, como vocês todos sabem, é a atriz que interpreta a Rochelle Rock em Todo mundo odeia o Chris. Em janeiro ela anunciou que estava vindo ao Brasil para agradecer o carinho de seus muitos fãs brasileiros, e sua equipe fez até um vídeo promocional, para destacar a sua enorme fama em terras brasileiras. Neste vídeo, aparece em destaque uma foto do nosso eternamente lembrado Especial Todo mundo odeia o Chris. Para assistir, clique aqui e avance para o instante 1:21.

O encontro foi informal, não levei nada mais do que o iPod, o que ajudou apenas na hora de tirar fotos (e a câmera, por sinal, é bem ruinzinha). Pois é, eu fui assim, desprevenido... Vou tentar reproduzir a nossa conversa da melhor forma possível, embora resumidamente!

Quando cheguei no hotel, encontrei Mable Ivory, uma das produtoras da atriz, e que a acompanhava na viagem ao lado de Latrice Horper. Apesar de estadunidense, Mable fala português quase fluentemente (herança de um namorado brasileiro). Me identifiquei como fã e dono deste blog, e solicitei uma audiência com a sra. Arnold. Bastante solícita, Mable informou que Tichina estava no quarto se arrumando, mas já estava descendo.

Pouco tempo depois, o grande momento: Tichina chegara ao saguão. Sorridente, ela se sentou ao meu lado e conversamos por mais de uma hora. Conosco estavam Mable Ivory, Latrice Horper, e um jornalista do site Correio Nagô, que acompanhou passagem da atriz pela Bahia.


Tichina Arnold estava impressionada com o sucesso de sua personagem Rochelle no Brasil: "Qual é o seu momento preferido da Tichina na série?", quis saber Latrice Horper. Quando eu respondi que era essa cena aqui, Tichina riu bastante: "Eu só assisti a esse episódio algumas semanas atrás. Eu não me lembrava!". Eu perguntei se ela não sentiu pena do Tyler (o Chris), e ela: "Não, ele aguenta" (risos) "Há mais alguma coisa da Rochelle que vocês aqui gostam?" Eu disse a ela que a tirada "Eu não preciso disso, meu marido tem dois empregos" é a inspiração de muitas piadas entre nós, brasileiros, que curtimos muito o bordão. Satisfeita, Tichina riu um bocado.

"É você que tem um perfil falso da Rochelle no Twitter?", Tichina me perguntou. Ao ouvir a minha resposta negativa, ela se mostrou curiosa: "Ele tem mais seguidores do que eu!".

Tichina Arnold e eu gritando: CHRIS!

"Fico feliz que a série faça tanto sucesso no Brasil, vocês são muito calorosos, um povo muito feliz e adorável". Questionada sobre o seu novo trabalho, ela chegou a ficar impressionada. Em Happily Divorced, atualmente em sua 2ª temporada, Tichina interpreta Jud, melhor amiga da protagonista Fran (Fran Lovett). Ela sabe que a série não é exibida no Brasil em canal aberto (apenas no pequeno canal Comedy Central, que ainda não é muito famoso por aqui), e se surpreendeu por eu ter conhecimentod a série "Pois é", disse ela. "É um programa muito engraçado que estou adorando fazer, as pessoas [do elenco] são muito engraçadas e talentosas".

Perguntei se ela já tinha falado com a Record, e Tichina confirmou: "Sim, eles falaram comigo". ela concedeu uma entrevista à Record Bahia, afiliada da emissora no estado.


Como já disse, a conversa foi longa, com a participação de todos os que estavam sentados à mesa. Tiramos várias fotos, a maioria delas com a câmera da equipe de Tichina. Como eu não sou menino amarelo, assim que me despedi eu solicitei à atriz que me concedesse uma segunda entrevista, por e-mail, e Latrice foi logo puxando um cartão de sua bolsa: "Escreva para nós quando quiser! Gostaria que todos os fãs fossem assim, como você".

Pois bem, marotos, eu mandei o e-mail com as perguntas, e recebi um e-mail da assessoria acusando recebimento, e prometendo o envio das respostas "o mais breve possível". Faz umas três semanas já...

As fotos que tiramos com a câmera delas eu já não tenho mais esperanças de receber, eu já recebi!

Se vamos ter uma segunda entrevista, eu não posso garantir. Mas elas prometeram, e artista não mente, né?

De qualquer forma, foi uma tarde inesquecível!

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ESPECIAL TODO MUNDO ODEIA O CHRIS | FINAL

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Como de costume, encerraremos este Especial com uma breve biografia de cada um dos atores do elenco principal, e alguns (não todos) do elenco de apoio de Everybody hates Chris.
Você vai perceber que muitos deles já tinham uma trajetória artística construída antes de participarem desta série - e verá também que alguns têm sérias chances de caírem no ostracismo.
Nos EUA, onde há uma superpopulação de seriados e personagens, pode ser que Todo mundo odeia o Chris tenha sido só mais um que veio e que passou. Tanto é que foi preciso uma verdadeira batalha para achar certas informações que estão aqui: muitos dos atores são praticamente ignorados pela imprensa daquele país.
Mas nós, como não somos ingratos, vamos guardar em nossas memórias cada um desses rostos, como uma lembrança positiva. E vamos parar para ver, com especial atenção, qualquer próximo trabalho que eles apresentarem.

Tyler James Williams (nascido em 1992), intérprete do Chris, é nova-iorquino e já tinha feito participações na TV antes de debutar no seriado que o consagrou. Inclusive, já fez trabalhos de dublagem na série animada Little Bill, inspirada na obra homônima do humorista e escritor Bill Cosby. Tyler fez a voz do esperto Bobby, mas entrou no elenco substituindo o dublador original, Devon Malik Beckford. Dentre outros trabalhos na TV, Tyler já participou da Vila Sésamo com um personagem que tinha o seu nome. Até do Saturday Night Live ele já participou.
Seu pai é sargento da polícia de Nova York há mais de 20 anos. Tem dois irmãos mais novos: o Tyrel (nascido em 1997) e a pequena Tylen (2002). Em 2007, aos 14 anos, foi premiado com o NAACP Image Award como Melhor Ator Cômico: o artista mais jovem a receber o prêmio.
Tyler é o clássico exemplo da criança-prodígio que cresce e, aos olhos do público (ou de uma parte dele), fica sem graça. Repare na cara de peixe que ele vai desenvolvendo com o passar das temporadas.

Vincent Martella (1992) e o Greg são quase a versão inteligente da Chelsea (Anneliese Von der Pol) de As Visões da Raven. Tanto os personagens quanto os atores: assim como Anneliese, Vincent tem uma veia musical muito latente. Ele canta (bem), toca piano, e também dança desde os 3 anos. Seu mais recente álbum, Time flies by, já está disponível no iTunes.
Não é de hoje que Vincent faz bom uso da própria voz. Desde 2007 até hoje ele protagoniza o desenho Phineas & Ferb, na voz do Phineas. Clique aqui e veja uma cena do desenho (adiante para 00:26). Desde muito novo, construiu uma sólida carreira de dublador, sendo hoje um dos grandes nomes do gênero nos EUA. Será dele a voz de Hope Estheim em Final Fantasy XIII. Ah, e olha ele dublando o Phineas nesse vídeo aqui!
Confira um outro vídeo, de 2007, em que Vincent mostra o seu talento na performance de Your song (de Elton John) acompanhado de seu teclado.

Tequan Richmond (1992) já trabalhou como modelo para campanhas publicitárias, e tem um dos currículos mais invejados de todo o elenco: participou de séries de sucesso como ER (Plantão Médico no Brasil, e Serviço de Urgência em Portugal), CSI, Cold Case, e do humorístico MADTV. No cinema, ele também já esteve em produções antológicas, como Ray, o elogiado longa baseado na vida do inesquecível cantor Ray Charles. Na ocasião, o personagem de Tequan (na época com aproximadamente 10 anos) foi Ray Charles, Jr.
T-Rich, como também é conhecido, está agora tendando emplacar a carreira de rapper - como se já não bastasse a sua semelhança com o Chris Brown. Duas músicas suas já estão disponíveis na rede: Lixx my lips e Be with me (ouça essa logo abaixo). O garoto tem futuro (eu disse futuro).

Uma de minhas preferidas, a aclamada Tichina Rolanda Arnold (1969) é uma atriz de diversos prêmios na bagagem. Porém, no Brasil ela nunca foi tão conhecida quanto é hoje, graças ao seu fantástico desempenho como Rochelle Rock.

Pra variar, ela também é cantora. E uma cantora muito boa, diga-se.
Um de seus primeiros trabalhos de grande repercussão foi o musical Little Shop of Horrors, filme de 1986. Ela interpretou Crystal, que formava um trio com outras duas cantoras: Chiffon e Ronette. Adivinha quem era a Chiffon? Tisha Campbell-Martin, a Jay de Eu, a Patroa e as Crianças. Mundo pequeno esse.
As duas (que na realidade são amigas) voltariam a trabalhar juntas na série Martin, e mais recentemente, na quarta temporada de Todo Mundo Odeia o Chris. Mais precisamente, no segundo episódio: Todo mundo odeia bolo (Everybody hates cake). Tisha é uma ex-presidiária e mãe da Tasha, amor platônico de Chris.
Clique aqui e conheça o MySpace de Tichina Arnold.

Ao contrário do "irmão" Tyler, Imani Hakim (1993) seguiu o caminho oposto: de pentelha oportunista, cresceu e se tornou uma garota muito bonita.
É a mais nova do elenco, e até agora não tem feito tanta coisa assim. Começou a carreira no teatro afro-ianque Karamu House, em Cleveland (Ohio). Não frequenta escolas, pois tem aulas particulares em casa.
Todo bom ator estadunidense já fez participação ou em ER e/ou em Law & Order. Com Imani não foi diferente. Participou de três episódios de Law & Order, como a jovem Anastasia Johnson. Também já gravou CSI.
Atualmente vive com o pai e os dois irmãos em Los Angeles.

Terry Crews (1968) já participou de vários filmes fazendo o tipo "fortão" (e ele é). Mas também é daqueles que "só têm tamanho": o ator é uma simpatia, e não faz mal a uma mosca que não o provoque. A condição física vem desde os tempos em que foi jogador de futebol americano.
De todos os do elenco principal, já entrou na série como o mais conhecido no Brasil. Muito requisitado na indústria cinematográfica, todos se lembram de sua ponta como Latrell Spencer no filme As Branquelas (2004), além do Big Black Jack em Norbit (de 2007, excelente filme com Eddie Murphy), dentre outros personagens.
Já esteve em um episódio de Eu, a Patroa e as Crianças, com outro dublador.
Em Todo mundo odeia o Chris pudemos ver Terry no papel do paizão Julius, nada parecido com seus anteriores trabalhos na comédia. Porque na casa dos Rock, não tem músculos que vençam o olhar destruidor e os gritos ensudercedores de Rochelle.

Travis T. Flory (1992) é um daqueles jovens atores em que a gente consegue visualizar um promissor futuro de figurante.
Não fez nada próximo do vilãozinho Joe Caruso. De todas as suas passagens pelo cinema e pela televisão, já colecionou personagens tão insignificantes, que alguns nem nome tinham. Por exemplo: em Step Brothers, filme de 2008, ele interpretou o menino ruivo. Em séries como Nip/Tuck (Estética, no SBT) e Zoey 101, ele até tinha nome, mas só fez um episódio em cada.

Paige Hurd (1992) interpretou Tasha, uma das meninas mais sortudas da ficção. Duas das participações mais especiais de Todo mundo odeia o Chris foram encaixadas na família da personagem dela: Tasha é neta de Louise (Whoopi Goldberg) e filha de Peaches (Tisha Campbell-Martin). Não precisa de mais nada!
Paige entrou na carreira artística como modelo da Ford Models. Como atriz, teve destaque no filme Beauty Shop, ao lado de Queen Latifah. E na TV, fez pequenas participações em várias séries, como o desenho Ben 10 e... adivinha? ER - Plantão Médico.

Ernest Lee Thomas (1950) estreou como ator na Broadway em 1974.
Ficou famoso nos EUA por seu papel como Roger "Raj" Thomas na série What's Happening!!, dos anos 70, e em What's Happening Now!!, nos anos 80.
Dono de uma filmografia respeitável, ele já apareceu na série Malcom X, além de muitas outras, pouco conhecidas no Brasil.



O veterano Antonio Fargas (1946), que é ator, músico e compositor, emprestou seu talento ao simpático Sr. Harris, também conhecido como Doc, chefe de Chris no armazém. Já estrelou diversos filmes na década de 1970, do gênero blaxploitation: cinema feito pelos negros, e para os negros.
Curiosidade: ele esteve presente no clipe Everybody, dos Backstreet Boys, no papel de chofer.
Fez também uma participação no primeiro episódio de Heroes no papel de Ezekiel, além de dezenas de outros títulos.



A irresistível interpretação de Jacqueline Mazarella foi recompensada através do crescimento da sua personagem, a Profª. Morello. De simples professora de Chris e Greg no Corleone, ela foi promovida a diretora do Colégio Tatagglia na última temporada.
Infelizmente, Jacqueline não é devidamente reconhecida nos EUA, onde sua filmografia não é nada extensa.
Mesmo assim, seu exímio trabalho não deve passar em branco.
Não participou de ER. Mas... esteve em Law & Order! Viveu Lisa Russo em um episódio de Law & Order: CI (Criminal Intent), em 2003.
Ela está gravando o filme Family Wedding ao lado de America Ferrera (a Ugly Betty). Estreia em 2010.



As inspirações que Kevontay Jackson busca em Michael Jackson vão além do nome. Em 1997, ao lado dos amigos D'Smoove e Jay-R, formou o grupo 3rd Store - que talvez, por um breve instante de megalomania, vislumbrou a possibilidade de serem os novos Jackson Five. Não chegaram nem na fila pra isso. Mas já chegou a fazer turnês com Britney Spears e o N'Sync.
Em 2006, após um período de turbulências, o grupo voltou com o nome de Chapter 4: e no processo, perderam Kevontay para o mundo.
Ele já esteve em um episódio de As Visões da Raven (2005), e também já gravou CSI:NY.

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Fontes
IMDB
Dublanet
TV Guide
The CW
Portal Rede Record
Entertainment Weekly

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ESPECIAL TODO MUNDO ODEIA O CHRIS | PARTE 3

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Ao longo dos episódios, podemos depreender que, apesar de não ser particularmente sortudo em seu cotidiano, o Chris (Tyler James Williams) tinha uma vida feliz em Bed-Stuy. Ele apanhava constantemente, de todas as fornas (inclusive no sentido literal), mas era cercado por uma família unida e que se amava.
A impagável Rochelle (Tichina Arnold), por exemplo, é uma típica mãe da classe média baixa dos anos 80, dedicada ao lar e à família, visual inconstante e sempre muito cheguei, e que num mesmo ato consegue unir raiva, exaustão da rotina doméstica e amor maternal. Apesar da violência empregada na criação dos filhos, é uma mãe zelosa, que se preocupa com seu futuro.
Julius (Terry Crews) é o típico pai de família que, empenhado em sustentar a família, trabalha em dois empregos e procura se envolver o mínimo possível nas picuinhas do lar. Mas nem por isso é um homem distante e alheio ao que acontece ao seu redor. Um dos maiores pães-duros já conhecidos desde o Tio Patinhas, as táticas do patriarca para economizar seu suado dinheirinho são alguns dos momentos mais engraçados da série. O verdadeiro Julius Rock morreu em 1989, por complicações após uma cirurgia para tratar uma úlcera gástrica.
Drew (ou Drú, interpretado por Tequan Richmond), o filho do meio, é (ou era) maior do que ele, e mais bem-sucedido em praticamente tudo o que para Chris era sinônimo de fracasso.
A diabólica Tonya (Imani Hakim), a caçula, é tão irritante que às vezes nem a mãe aguenta. Implica com tudo, e especialmente com o Chris, a quem gosta de atribuir a culpa pelas barbaridades que faz. Mesmo assim, é paparicada pelo pai, que, na medida do possível, faz todas as suas vontades.
Não faz parte da família, mas tem também o Greg (Vincent Martella), melhor amigo de Chris, e um dos mais fiéis já desenhados pela cultura norte-americana. O "praticamente nerd" acompanha Chris desde que se conheceram, e está (na maioria das vezes) ao seu lado, numa época em que o racismo ainda era escancaradamente praticado por vários setores da sociedade, até mesmo aqueles que se esforçavam para manter as aparências. Pois Greg não se importou em ser o melhor amigo de um garoto negro recém-chegado numa escola de brancos, que o ridicularizavam despudoradamente.
Na escola, o bullying contra Chris era comandado por Joey Caruso (Travis T. Flory) o gordo ruivo que dava os mais engraçados (embora racistas) apelidos para o guri: Feijão (Greg era o Arroz) e Tiziu (pássaro preto, e nome do negrinho interpretado por André Luiz Miranda em Terra Nostra), são só alguns deles.
Mas uma de minhas preferidas, ao lado da Rochelle, é a Professora Morello (Jacqueline Mazarella). Ela é o perfeito retrato do momento de transição em que vivia a sociedade estadunidense naquela época: por mais que se esforçasse para parecer moderna e tolerante com a miscigenação, Morello sempre deixa escapar alguma tirada de teor preconceituoso, embora ela não seja racista. Seu pensamento acerca dos negros são praticamente leituras das mentes das famílias brancas dos anos 1980: pretos vivem em guetos, se reproduzem feito coelhos, são viciados em drogas e se tratam com nomes e apelidos vulgares. Ainda hoje há pessoas que pensam assim.

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ALGUMAS PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

Louise (avó da Tasha) - Whoopi Goldberg

Sr. Abbot - Chris Rock

Peaches (mãe da Tasha) - Tisha Campbell-Martin

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ESPECIAL TODO MUNDO ODEIA O CHRIS | PARTE 2

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Lembra do final da postagem anterior? Quando estávamos falando do último capítulo, você deve ter notado que o parágrafo foi interrompido do nada.
Pois foi isso mesmo o que aconteceu na finale de Todo mundo odeia o Chris (episódio "Todo mundo odeia GED"). A família inteira está numa lanchonete, onde são observados por um homem misterioso. Reunidos em volta da mesa, Rochelle abre um envelope contendo o resultado do exame feito por Chris para poder se formar, graças a um injustiça que sofreu no Colégio Tattaglia. E, antes de revelar o resultado, eis que a série dá seu último adeus, sem sequer acenar para os idiotas aqui.
Por conta disso, o último episódio foi muito comparado ao da série The Sopranos, que também fez essa sacanagem.
Quando você assistir na Record, não se assuste: certamente eles não planejaram nenhuma chamada para anunciar o último capítulo, e quando você vir um final sem pé nem cabeça, já pode concluir: amanhã será reprisado tudo de novo.
Ou não: sabe como é a Record nessa coisa de horários, né?
O cenário principal de Todo mundo odeia o Chris atende pelo nome Bedford-Stuyvesant, também conhecido como Bed-Stuy, bairro do condado do Brooklyn, na cidade de Nova York. Basicamente, é uma das únicas coisas do seriado que realmente têm a ver com a infância do humorista Chris Rock.
É legal acreditar, é engraçado, mas lembre-se que Todo mundo odeia o Chris é uma obra de ficção, livremente inspirada na trajetória da família Rock. Nem tudo ali é verdade (como de fato não é). Pode parecer que não, mas tem quem pense que aquilo ali é um fiel retrato biográfico da vida do comediante. Menos, gente.
Comecemos com uma correção matemática: Chris não tinha só dois irmãos, Tonya e Drew (Andrew). Sites dão no mínimo quatro e no máximo oito (contando o bastardo): seriam eles Brian, Kenny (Kenneth), Andi, Jordan (meio-irmão), o também ator e comediante stand-up Tony Rock (mais novo), e o mais velho Charles, morto em 2006 em decorrência de seu alcoolismo.
Mais uma coisa: a primeira temporada começa em 1982, quando o pequeno Chris tem 12 anos de idade (ou seja, nasceu por volta de 1970). Acontece que, por algum motivo, no processo de criação da série Chris Rock deu a si mesmo um desconto de cinco anos: na realidade ele nasceu em 1965.
Ou seja, em 1982 ele tinha 17 anos.
A dona Rose deve ter tomado um susto ao assistir Everybody hates Chris pela primeira vez. Sim, porque viu seu filho chamar uma tal dona Rochelle de mãe. Ora, a matriarca da família Rock se chama Rosalie!
E por aí vai.
As escolas em que o carinha que mora logo ali estudou no seriado também têm sua história. A Corleone Junior High School pegou emprestado o nome do mafioso Don Vito Corleone, personagem de Marlon Brando nos filmes da trilogia O Poderoso Chefão (em Portugal, intitulado O Padrinho, tradução literal do original The Godfather).
E Tattaglia, escola em que Chris se matricula na quarta temporada, também vem do livro de Mario Puzo: o personagem Bruno Tattaglia, que na adaptação cinematográfica de Francis Ford Coppola foi interpretado pelo ator Tony Giorgio. Veja os dois mafiosos juntos, na foto ao lado.
Amanhã, na terceira parte do Especial, saiba um pouco mais sobre os principais personagens de Todo Mundo Odeia o Chris!

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PAINEL: AMIGOS - OS MAIS CERTOS NAS HORAS INCERTAS
A amizade de Chris e Greg ao longo das temporadas.

Se o cara da foto não for Tony Giorgio, favor avisar!

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ESPECIAL TODO MUNDO ODEIA O CHRIS | PARTE 1

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Toda emissora de TV tem o seu ás na manga. Seu talismã da sorte. O seu tapa-buraco.
O SBT, recentemente, descobriu que As Visões da Raven e Eu, a Patroa e as Crianças se tornaram parte da vida dos brasileiros. Nós nos identificamos com suas histórias leves, engraçadas e fáceis de entender - gostamos tanto que não nos importamos com reprises. Pra não falar no Chaves, lógico...
Ás na manga, a Band também tem o seu: Mr. Bean.
A Globo, se você reparar, também tem: Três espiãs demais.
A Cultura tem o Castelo Rá-tim-bum, dentre outros.
E até a Rede TV tem o seu: Pokémon.
Felizmente, a Record não vive só de Pica-pau. E acertou em cheio ao comprar e reprisar à exaustão Todo mundo odeia o Chris (Everybody hates Chris), série do canal estadunidense CW, exibida originalmente entre setembro de 2005 e maio de 2009.
No Brasil, é também exibida no canal Sony. Em Portugal, a transmissão de Todos contra o Chris (é assim que a série é chamada em terras lusitanas) fica por conta do canal RTP2.
Se você não assiste, faça como eu, e dê uma chance: é apaixonante. Muito bem escrita, bem dublada, elenco apropriado, e uma trilha sonora repleta de sucessos dos anos 80. Não tem como não gostar!
Sem contar que os finais dos episódios, em que sempre o pequeno Chris se dá mal de alguma forma, lembra muito a nós mesmos, não?
E para variar, é melhor do que qualquer filme ou qualquer outra coisa que leve o nome do humorista Chris Rock. Eu mesmo não morro de amores pelo seu trabalho, mas essa série é inegavelmente magnífica.
Em termos de audiência, Todo mundo odeia o Chris já experimentou momentos de glória em vários países. Nos Estados Unidos, as primeiras temporadas batiam recordes de audiência (o primeiro episódio foi assistido por mais de 4 milhões de espectadores).
E no Brasil, a Record não tem do que reclamar - vira e mexe, a série conquista números expressivos. Em 5 de fevereiro de 2009, marcou uma espetacular média de 10 pontos.
Já nos EUA, foram justamente os baixos índices que fizeram o CW tomar a difícil decisão de cancelar Todo mundo odeia o Chris.
Pode parecer que não, mas realmente foi o mais certo a se fazer. Por mais que a série tivesse qualidade, os estadunidenses não estavam mais interessados.
Com a audiência cada vez pior, em março o CW anunciou o fim do seriado, o que veio a se concretizar em maio deste ano. Nem assim o público compareceu: o rating continuou aquém do merecido.
O último episódio (Todo Mundo Odeia o G.E.D.), por sua vez, deixou todo mundo confuso. Ninguém esperava que, após quatro temporadas, Todo mundo o Chris se despediria com

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CONTINUA

PRINCIPAIS DUBLADORES

• Julius - Gutemberg Barros
• Rochelle - Guilene Conte
• Drew - Rodrigo Antas
• Tonya - Pâmela Rodrigues (primeira voz, não está presente na imagem)
  e Ana Lúcia Menezes (segunda voz - 3ª temporada em diante)
• Chris - Renato Alcântara (primeira voz)
  e Bruno Pontes(segunda voz - 3ª temporada em diante)
• Greg - Diogo Ferreira (primeira voz)
  e Erick Bougleux(segunda voz - 3ª temporada em diante)
• Chris Rock (Narrador da série) - Philippe Maia (como todo bom narrador, não estamos vendo o rosto dele...)

Fonte: Dublanet

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