Uma das últimas joias da TV aberta chegou ao fim.
Desde a primeira temporada, The Good Wife se estabeleceu como uma das melhores séries da televisão. Num cenário em que a tevê aberta tem perdido cada vez mais espaço para os canais fechados, tanto no gosto do público quanto da crítica, o drama jurídico da CBS sempre se destacou. E se destacou ao ponto, até, de concorrer de igual para igual com produções aclamadas, como Breaking Bad e Mad Men, que a seu favor tinham uma escala de 13 episódios por temporada, em média, enquanto The Good Wife se desenvolvia em 22 episódios, como toda série de canal aberto.
Ao longo dos anos, a trama se mostrou vibrante, bem amarrada, até que na quinta temporada viveu o seu auge.
Foi ali que eles tomaram a arriscada decisão de matar um dos protagonistas, Will Gardner, para justificar a saída do ator Josh Charles, que pediu para deixar o elenco. Foi uma surpresa que causou uma comoção geral; mas, ainda assim, a série conseguiu sobreviver. Mais adiante, outro baque: a premiada Archie Panjabi, a Kalinda, também deu adeus, em razão de desavenças com a protagonista, Julianna Margulies.
Tudo isso pra dizer que essas foram baixas com as quais The Good Wife não soube lidar. Inicialmente, até pareceu que sim, mas a série logo foi se perdendo com situações que não levavam a nada (como o drama de Kalinda e o Bishop, que terminou sem respostas), e com participações especiais que, embora engrandecessem o seriado, não saíam do oba-oba (como aconteceu, por exemplo, com Matthew Perry, que não esteve presente no desefecho do seu próprio personagem).
Na sexta temporada, Alicia se envolveu com dois possíveis interesses românticos: Finn (Matthew Goode) e Johnny Elfman (Steven Pasquale) o que chegou a despertar a atenção do público. Pois bem. Depois de um bom desenvolvimento do triângulo amoroso, os dois pretendentes deixam a série, e sequer voltam a ser mencionados. Assim, a temporada, que até tinha sido boa, perde pontos por ter se revelado praticamente inútil, pois foi praticamente toda desconstruída no sétimo ano. Este sim, foi ruim. Foi como se a série recomeçasse ali, sem resquícios de Kalinda, sem Will, sem Finn, sem Johnny.
Tudo bem, a vida é assim, mas de The Good Wife a gente sempre esperava um pouco mais. Pra mim tanto fazia o desfecho da Alicia, com quem ela iria ficar. O que eu não gostei foi esse completo desprezo da sétima temporada, e do seu final, por várias coisas que haviam sido construídas ao longo desses 7 anos. Apenas o Will, mesmo morto, voltou.
Eu, que me sinto felizardo por ter vivido tantos momentos bons assistindo The Good Wife, fico um pouco triste por ela forma como ela acabou, às pressas, e com um arco de episódios que não fazem justiça aos seis anos que os antecederam. O público, hoje com tanta oferta de séries de nível equivalente ao que TGW já ofereceu, foi trocando de canal. Na series finale, a audiência não chegou a decepcionar, alcançando 10.62 milhões de telespectadores — recorde da temporada.
Mas terminou com aquela sensação de "foi bom a série ter acabado", e eu nunca imaginei que fosse me sentir assim com relação a The Good Wife. Perdeu relevância.
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