O espetáculo conta a história de um homem que perde suas partes íntimas num acidente de carroe que tem que aprendera conviver com isso. Está há 17 anos em cartaz, sendo um absoluto êxito em todos os países pelos quais se apresentou.
O jornal El Tiempo conseguiu uma matéria exclusiva com o casal de atores, e fez questão de exaltar particularmente Chespirito, por todos aqueles motivos que já conhecemos. Lembrou do seu início como boxeador, engenheiro, amante dos esportes e, finalmente, o artista de mil faces que encantou o mundo com seu talento e os personagens, que estão prestes a completar 40 anos (!).
Acompanhe agora, na íntegra (nada de melhores momentos), a entrevista concedida por Chespirito e Florinda ao repórter Carlos Gómez. Com a tradicional exclusividade no Brasil.
ROBERTO BOLAÑOS E FLORINDA MEZA
Que escritores influenciaram suas obras?
Chespirito -- Meus amigos me diziam que se você não conhecia Kafka ou Joyce, não podería escrever. Me enterei que Cervantes tampouco tinha lido. É verdade, eu não os lí, mas eles também não me leram. Os escritores que me influenciaram, me inspiraram desde sua redação, até o estilo e conteúdo. Calderón de la Barca é um entre os tantos comediantes que foram minha influância.
Como o senhor vê a produção de televisião infantil na América Latina?
Eu nunca pensei em ser produtor de televisão infantil. Meus programas eram dirigidos a um público adulto. Nunca pensamos que nossa produção fosse ser acolhida tão bem pelas crianças.
Na televisão atual, posso perceber que agora já não há originalidade. Cuando vejo uma novela, não se pode diferenciar qual é a esposa e qual é a amante. Se você prestar atenção aos personagens, verá que todos têm as mesmas características. Não há um elemento diferenciador. Esse é um recurso que sempre enfatizamos em nossas criações.
Perdoe, sr. Roberto, mas em muitos dos episódios mais novos o senhor atribuiu a Nhonho e Jaiminho frases e características inteiras de outros personagens, como Kiko e Seu Madruga, respectivamente. Mas, se o senhor estava falando do seu trabalho antes de meados da década de 1980, está certo! (NOTA DO TRADUTOR)
Como surgiu Roberto Gómez Bolaños?
Fui tendo sorte. Não posso me lançar méritos. Trabalhei de maneira árdua. Eu não me havia disciplinado. Quando me definí, quis ser escritor. Agarrei o dicionario e buscava todas as palavras que não conhecía, além da aprendizagem dos gêneros e da linguagem. Todavia, sigo largando mão dos dicionarios.
Que hubiera sido de México con otros veinte escritores como o senhor?
(Risos) Eu teria ficado com ciúmes. Me teria custado mais abrir os caminhos.
Como nasceram os bordões característicos de Chespirito?
Nascem dos bordões populares. Nós apenas os agarramos e empregamos no programa. Alguns bordões ainda se ouvem, outros já nem tanto. Muitos dos bordões nós trouxemos de volta. Outros nós fomos construindo. Por exemplo: "¡Chanfle!", "¡Caspita!".
Qual foi um de seus personagens mais representativos?
São tantos. Neste momento me recordo da Chimoltrufia. É um personagem carregado de muitas características populares. A ela não importa calar o que sinta. Tampouco sabe se expressar, mas, como seja, ela se comunica. Isso é especial e engraçado.
Alguns de seus personagens não teriam ofuscado a trajetória no teatro?
Florinda Meza -- Não creia que seja assim. Pelo contrario. Todas as nossas obras foram um sucesso.
Como poderiamos definir a peça "11 y 12"?
Só se pode dizer que é uma obra picante. Não busca ofender ou escandalizar. O jovens vão se sentir muito identificados com essa picardia.
Essa foi a entrevista boazinha!
Semana que vem: Dona Florinda x O rock Pauleira!
Fonte: Jornal El Tiempo
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