Porque sou um ogro, talvez. Porque sou um dentre tantos brasileiros que nutre essa grotesca distância da fina nata da cultura.
Bem, isso é mais ou menos certo. O fato é que não estou me preparando pro vestibular, não devo nada a professor nem corretor nenhum, não preciso temer os críticos de tevê porque não sou um, e não preciso maquiar a minha impressão da minissérie. Por mais que eu reconheça que Machado de Assis seja, de longe, o nosso melhor autor, a verdade é essa: a minissérie Capitu deu sono! Não consegui passar da primeira parte. Desisti. A fotografia é deslumbrante, as atrizes que interpretam a personagem-título realmente parecem ter feito o trabalho de suas vidas, os detalhes são mesmo espantosamente bem cuidados, mas (diferente do populacho), a única coisa que tive vontade foi de desligar a tevê e ler Dom Casmurro. Como não tenho o livro, só desliguei a tevê.
A minissérie misturou muita coisa numa só: televisão, teatro, e cinema. Parecia uma grande vitamina. E a linguagem ficou culta demais pra quem está sentado frente à uma tevê aberta. Poderiam suavizar. Quando leio Machado (não li Dom Casmurro, mas lerei), já tenho ciência da sua polidez, sei do seu espantoso poder de manejar as palavras. Mas quando estou vendo televisão, é porque não quero estar lendo, e pronto. E é isso que Capitu parece ter demais: recital. Não sou tão culto assim, ou não sou nem um pouco culto, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. É isso aí.
Mas, de qualquer forma, sinto estar perdendo uma obra-prima...
Audiência de Capitu: 17 pontos de média contra 16 de Chamas da Vida (Record) e 10 de Revelação (SBT). Assista ao primeiro capítulo logo abaixo.
Bem, isso é mais ou menos certo. O fato é que não estou me preparando pro vestibular, não devo nada a professor nem corretor nenhum, não preciso temer os críticos de tevê porque não sou um, e não preciso maquiar a minha impressão da minissérie. Por mais que eu reconheça que Machado de Assis seja, de longe, o nosso melhor autor, a verdade é essa: a minissérie Capitu deu sono! Não consegui passar da primeira parte. Desisti. A fotografia é deslumbrante, as atrizes que interpretam a personagem-título realmente parecem ter feito o trabalho de suas vidas, os detalhes são mesmo espantosamente bem cuidados, mas (diferente do populacho), a única coisa que tive vontade foi de desligar a tevê e ler Dom Casmurro. Como não tenho o livro, só desliguei a tevê.
A minissérie misturou muita coisa numa só: televisão, teatro, e cinema. Parecia uma grande vitamina. E a linguagem ficou culta demais pra quem está sentado frente à uma tevê aberta. Poderiam suavizar. Quando leio Machado (não li Dom Casmurro, mas lerei), já tenho ciência da sua polidez, sei do seu espantoso poder de manejar as palavras. Mas quando estou vendo televisão, é porque não quero estar lendo, e pronto. E é isso que Capitu parece ter demais: recital. Não sou tão culto assim, ou não sou nem um pouco culto, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. É isso aí.
Mas, de qualquer forma, sinto estar perdendo uma obra-prima...
Audiência de Capitu: 17 pontos de média contra 16 de Chamas da Vida (Record) e 10 de Revelação (SBT). Assista ao primeiro capítulo logo abaixo.
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