Só sei de uma coisa: a Record foi, no mínimo, mesquinha com Angela Bismarchi.
A irmã da "personalidade da mídia" faleceu de uma forma horrível, assassinada pelo ex-namorado, na última semana.
Nesse momento, o correto seria ignorar toda a ficção e dramaturgia do programa, e dar toda a assistência a moça que acabara de perder a irmã.
A emissora não está prendendo Angela. Ela está lá porque quer. Mas foi obrigada a escolher: se for ao enterro da irmã, não poderá voltar ao programa para lutar pelos 2 milhões de reais. A peoa decidiu ficar.
Mas ela teve, realmente, escolha? Não!
Ela está tendo uma das maiores chances de sua vida, a de lutar por um prêmio milionário, mas não pôde sequer contar com uma atitude humana da direção da emissora; ela não poderá se despedir da irmã porque assim dizem as "regras do jogo".
O único "privilégio" que ela teve foi o de poder receber a notícia, já que os confinados não podem saber o que se passa do lado de fora.
Os BBBs podem sair da casa em diversas situações, como para curtirem o carnaval em algum trio ou camarote de patrocinadores. E isso não desvirtua o modelo do jogo. Ou seja, a saída temporária de Angela Bismarchi em absolutamente nada iria atrapalhar o bom andamento do programa -- e se atrapalhasse?! A irmã da mulher morreu!
Algo semelhante ocorreu no BBB2, em que a irmã da participante Cida faleceu em decorrência de um câncer na mama (ela, inclusive, teve uma premonição quando a morte aconteceu. Foi arrepiante, veja o vídeo abaixo). Salvo engano, ela também não pôde sair para acompanhá-la. "Eu não me despedi dela nem quando saí da casa, porque sou espírita e, para mim, ela está em todo lugar. A matéria dela se desfez, mas o espírito não acaba por aqui. Fui criticada dentro da casa e aqui fora, mas é uma decisão minha e não dei ouvidos a isso", disse Cida ao jornal Extra, ao comentar o caso de Angela Bismarchi.
Por mais que seja uma opção, as duas não deveriam ter sido obrigadas a escolher. Uma coisa não anula a outra. É uma pena que as duas emissoras tenham sido tão mesquinhas, canalhas e cruéis nesses casos, numa visão objetivista demais das regras do jogo, mostrando que só se importam com bundas, audiência e faturamento.
2 comentários:
Canalhice das grandes mesmo! O que custava liberar a moça pro enterro? Nossa, que coisa mais besta essas "regras". Ah, sem contar que eles mesmos vivem mudando as regras... Eu hein...
Verdade, esse tipo de concessão deveria estar acima de qualquer ditame. E a gente sabe que já foi o tempo de reality show com regras preestabelecidas.
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