O ator Paulo Figueiredo, com base nas obras de Nelson Valente, escreverá para a Record uma minissérie contando a saga do desajeitado ex-presidente Jânio Quadros. Inicialmente, serão doze capítulos sem data de estreia definida. Figueiredo já trabalhou como co-autor da novela Sangue do meu sangue, no SBT. Palavras suas: "Jânio é uma figura importante no cenário brasileiro, uma figura polêmica. Há várias versões sobre sua renúncia em 1961. Nós vamos apresentar a versão mais aceitável, segundo o Nelson".
Contanto que não seja igual ao que a Globo fez em JK, onde fantasiaram uma fábula patética da vida de um presidente que afundou nosso país em dívidas e que nem de longe era aquele príncipe encantado, a iniciativa da Record tem tudo pra dar certo. Porque Jânio pode não ter sido nosso melhor presidente, mas certamente foi o mais divertido de todos eles. Pense no Lula, e multiplique os desvarios dele por dez: esse foi o velho Jânio da Silva Quadros, o da vassourinha.
Ele governou o Brasil entre janeiro e agosto de 1961 - sim, sete meses. Renunciou alegando estar sofrendo pressão de "forças ocultas", que até hoje ninguém sabe quais são. Dizem que com isso ele pretendia gerar clamor popular, queria que o povo lutasse pela sua permanência, mas isso não aconteceu: o Brasil apenas disse "então tchau, presidente".
Maluco
Jânio condecorou o guerrilheiro cubano Che Guevara (foto ao lado), ícone do lado comunista da força, com a Grã-cruz da ordem do Cruzeiro do Sul, simplesmente a comenda mais importante entregue por um presidente brasileiro a um estrangeiro. Detalhe: estávamos em plena Guerra Fria, e Jânio era declaradamente anticomunista. Embora sua intenção fosse a melhor possível, os Estados Unidos detestaram a homenagem.
Foi ele quem proibiu a briga de galos, e também o uso de lança-perfumes. Embora hoje tais proibições sejam festejadas por muitos, na época causaram verdadeiro terremoto. Porque praticamente todo mundo curtia uma rinha de galos e todo mundo usava lança-perfume. Mas, nem aí, Jânio os proibiu. Assim como fez com o uso de biquini nos concursos de Miss.
Apesar de toda a instabilidade mental, Jânio surpreendeu na política externa e foi um presidente memorável. Seu governo renderia, sim, uma ótima minissérie.
Contanto que não seja igual ao que a Globo fez em JK, onde fantasiaram uma fábula patética da vida de um presidente que afundou nosso país em dívidas e que nem de longe era aquele príncipe encantado, a iniciativa da Record tem tudo pra dar certo. Porque Jânio pode não ter sido nosso melhor presidente, mas certamente foi o mais divertido de todos eles. Pense no Lula, e multiplique os desvarios dele por dez: esse foi o velho Jânio da Silva Quadros, o da vassourinha.
Ele governou o Brasil entre janeiro e agosto de 1961 - sim, sete meses. Renunciou alegando estar sofrendo pressão de "forças ocultas", que até hoje ninguém sabe quais são. Dizem que com isso ele pretendia gerar clamor popular, queria que o povo lutasse pela sua permanência, mas isso não aconteceu: o Brasil apenas disse "então tchau, presidente".
Maluco
Jânio condecorou o guerrilheiro cubano Che Guevara (foto ao lado), ícone do lado comunista da força, com a Grã-cruz da ordem do Cruzeiro do Sul, simplesmente a comenda mais importante entregue por um presidente brasileiro a um estrangeiro. Detalhe: estávamos em plena Guerra Fria, e Jânio era declaradamente anticomunista. Embora sua intenção fosse a melhor possível, os Estados Unidos detestaram a homenagem.
Foi ele quem proibiu a briga de galos, e também o uso de lança-perfumes. Embora hoje tais proibições sejam festejadas por muitos, na época causaram verdadeiro terremoto. Porque praticamente todo mundo curtia uma rinha de galos e todo mundo usava lança-perfume. Mas, nem aí, Jânio os proibiu. Assim como fez com o uso de biquini nos concursos de Miss.
Apesar de toda a instabilidade mental, Jânio surpreendeu na política externa e foi um presidente memorável. Seu governo renderia, sim, uma ótima minissérie.
blogaritmox@gmail.com
7 comentários:
Muito bacana está idéia da Record. Espero que dê certo e não cometam os mesmos erros de JK.
Nada contra, mas isso tá me cheirando a tentativa típica da Recópia de "reproduzir" o que a Globo já fez...
Nada de cópia, meu Caro Tony Prado. A fonte é primária e sou o autor e pesquisei durante muitos anos a vida de Jânio Quadros, inclusive conversei com o mesmo em vida. Nada contra a Globo !
Abraços,
Nelson Valente
Hola! Então, adorava "Power ..." (o nome é muito dificil p escrever)quando criança, mas agora está um saco! Efeitos a lá Os Mutantes e texto tão podre quanto. Escuta, li no arquivo do blog que vc aprecia o trabalho da Kelly Rowland... Eu também. Hoje eu descobri um video clipe bem legal dela, nada grandioso, mas interessante.
http://www.youtube.com/watch?v=7P9G-kAmRS4
aTÉ mAIS!
Gostei da idéia. Tomara que a Record faça um produto de qualidade!
Nelson, não conheço o seu trabalho, portanto, não posso dizer nada a respeito dele, nem bem, muito menos mal. Estou falando no sentido da Record fazer uma minissérie sobre a vida de algum presidente. E, venhamos e convenhamos, é costume da emissora de Edir Macedo "transformar" programas Globais. Nada contra você ou qualquer coisa a seu respeito. Só uma opinião sobre a Record.
Che Guevara (Ernesto Rafael Guevara de la Serna) é argentino!
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