O primeiro capítulo de Ti Ti Ti (vídeo disponível na íntegra no fim do post) registrou 29 pontos de média na Grande São Paulo, o mesmo que sua antecessora Tempos Modernos, que na reprise do último sábado encerrou com 20, dando assim uma média geral de 24 pontos (um fracasso). Não há na Globo quem não aposte que a nova novela das sete vá marcar mais do que isso.
Ah, os primeiros capítulos de novelas. Como os diálogos são toscos. E isso é normal, motivo por que a crítica aprovou os primeiros resultados de Ti Ti Ti, dando destaque aos protagonistas Alexandre Borges (Jacques Leclair), Claudia Raia (Jacqueline) e Murilo Benício (Victor Valentim), responsáveis pelas melhores cenas de ontem. O que também chamou atenção foi a criatividade do diretor Jorge Fernando, utilizando recursos gráficos entre as cenas, lembrando costuras. Muito bom.
É a volta da autora Maria Adelaide Amaral às novelas, depois do seu mais recente trabalho na microssérie Dalva e Herivelto. Curiosamente, seu primeiro trabalho solo na Globo foi com um remake do mesmo autor, o Cassiano Gabos Mendes: a versão de 1998 de Anjo Mau. "Desde 2000, só fiz minisséries. Mas há anos a Globo vem insistindo para que eu faça novela. Há cerca de quatro anos, eu disse ao Mário Lúcio Vaz, então diretor artístico, que gostaria de fazer o remake de Ti-ti-ti com Plumas e Paetês, porque ambas abordavam o universo da moda. Mas o tempo foi passando e continuei escrevendo minisséries de 50 capítulos. Quando a Globo começou a dar preferência a formatos menores, percebi que tinha chegado a hora de voltar às telenovelas, que, na verdade, foi onde comecei. Primeiro, ajudando o Cassiano. Depois, o Silvio de Abreu (em Deus nos Acuda e A Próxima Vítima). Quando assinei sozinha a minha primeira novela, o Boni sugeriu que fosse um remake do Cassiano: Anjo Mau", contou ela em entrevista.
Sobre a rivalidade entre os costureiros que estrelam a trama, Maria Adelaide conta que Cassiano se inspirou em duas figuras que realmente existiram, e foram influentes na sua época: Denner Pamplona de Abreu e Clodovil Hernandes. Só que muito pouco será aproveitado da disputa escrita em 1985: "No original, Jacques Leclair é um nome consolidado. Agora, é um estilista de gosto duvidoso, que vai se beneficiar do talento de Jaqueline para fazer seu up-grade. Ou seja, seus modelos tinham um bom corte, mas informações demais. [...] Victor Valentim, seu inimigo de infância, que aspira à fama e ao sucesso financeiro do antigo desafeto, também vai atender o mesmo segmento de vestidos de festa. Como no original, ele vai se inspirar nos vestidos de boneca feitos por uma senhora que, na verdade, é a mãe de Jacques Leclair [SPOILER!], desaparecida há muitos anos e totalmente desmemoriada. No original, ele encontra essa senhora num asilo. Na nossa novela, ela é uma moradora de rua. São muitas as diferenças. Só citei as que me parecem mais importantes".
Para ajudar na atualização da história, que já tem mais de 20 anos, Maria Adelaide consultou especialistas como Costanza Pascolato e Gloria Kalil. E pelo visto, tudo funcionou. Apesar de ser um remake, a autora investe em originalidade, um diferencial que infelizmente não é exigência da emissora.
A sensação é a de que o horário das sete está em boas mãos. Só tem que espantar a urucubaca de Tempos Modernos.
Ah, os primeiros capítulos de novelas. Como os diálogos são toscos. E isso é normal, motivo por que a crítica aprovou os primeiros resultados de Ti Ti Ti, dando destaque aos protagonistas Alexandre Borges (Jacques Leclair), Claudia Raia (Jacqueline) e Murilo Benício (Victor Valentim), responsáveis pelas melhores cenas de ontem. O que também chamou atenção foi a criatividade do diretor Jorge Fernando, utilizando recursos gráficos entre as cenas, lembrando costuras. Muito bom.
É a volta da autora Maria Adelaide Amaral às novelas, depois do seu mais recente trabalho na microssérie Dalva e Herivelto. Curiosamente, seu primeiro trabalho solo na Globo foi com um remake do mesmo autor, o Cassiano Gabos Mendes: a versão de 1998 de Anjo Mau. "Desde 2000, só fiz minisséries. Mas há anos a Globo vem insistindo para que eu faça novela. Há cerca de quatro anos, eu disse ao Mário Lúcio Vaz, então diretor artístico, que gostaria de fazer o remake de Ti-ti-ti com Plumas e Paetês, porque ambas abordavam o universo da moda. Mas o tempo foi passando e continuei escrevendo minisséries de 50 capítulos. Quando a Globo começou a dar preferência a formatos menores, percebi que tinha chegado a hora de voltar às telenovelas, que, na verdade, foi onde comecei. Primeiro, ajudando o Cassiano. Depois, o Silvio de Abreu (em Deus nos Acuda e A Próxima Vítima). Quando assinei sozinha a minha primeira novela, o Boni sugeriu que fosse um remake do Cassiano: Anjo Mau", contou ela em entrevista.
Sobre a rivalidade entre os costureiros que estrelam a trama, Maria Adelaide conta que Cassiano se inspirou em duas figuras que realmente existiram, e foram influentes na sua época: Denner Pamplona de Abreu e Clodovil Hernandes. Só que muito pouco será aproveitado da disputa escrita em 1985: "No original, Jacques Leclair é um nome consolidado. Agora, é um estilista de gosto duvidoso, que vai se beneficiar do talento de Jaqueline para fazer seu up-grade. Ou seja, seus modelos tinham um bom corte, mas informações demais. [...] Victor Valentim, seu inimigo de infância, que aspira à fama e ao sucesso financeiro do antigo desafeto, também vai atender o mesmo segmento de vestidos de festa. Como no original, ele vai se inspirar nos vestidos de boneca feitos por uma senhora que, na verdade, é a mãe de Jacques Leclair [SPOILER!], desaparecida há muitos anos e totalmente desmemoriada. No original, ele encontra essa senhora num asilo. Na nossa novela, ela é uma moradora de rua. São muitas as diferenças. Só citei as que me parecem mais importantes".
Para ajudar na atualização da história, que já tem mais de 20 anos, Maria Adelaide consultou especialistas como Costanza Pascolato e Gloria Kalil. E pelo visto, tudo funcionou. Apesar de ser um remake, a autora investe em originalidade, um diferencial que infelizmente não é exigência da emissora.
A sensação é a de que o horário das sete está em boas mãos. Só tem que espantar a urucubaca de Tempos Modernos.
PRIMEIRO CAPÍTULO COMPLETO
Salvou a pátria de novo, Evaristo!
2 comentários:
Não lembrava de que ela havia sido a autora de "Dalva e Herivelto", uma das melhores microsséries dos últimos tempos. Assisti todos os capítulos!
Sobre "Ti Ti Ti", eu gostei, apesar de também ter acahado os diálogos muito chatos no começo. Do meio para fim, a novela tomou um novo ritmo e agradou em cheio. A abertura ficou muito boa também.
P.S.: Eu estava olhando aquela capa de revista com a imagem da Maya e não estava entendendo a relação com o post. Só depois que olhei para cima e vi o nome da revista. Quanta falta de atenção a minha!
Só uma correção: não é Alexandre Barros, e sim Alexandro Borges! De resto, ótimo post, como sempre! ;)
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