Com um desempenho considerado fraco na atual temporada da Formula 1, a Ferrari ainda não tinha encontrado a oportunidade de mostrar as suas garras, como as que arranharam o orgulho dos brasileiros em 2002. E eis que, no último GP da Alemanha (exibido pela Globo no dia 25/07) a escuderia voltou a praticar o mau-caratismo no esporte automobilístico.Até então fazendo uma corrida impecável, o piloto brasileiro Felipe Massa sentiu na pele a humilhação de ter que abrir espaço para o "companheiro" espanhol Fernando Alonso assumir a liderança da corrida. Ao receber o sinal, via rádio "ele é mais rápido que você", Massa cedeu a posição e os brasileiros assistiram, perplexos, à cena. O mundo, com exceção das mídias espanhola e italiana (por que será), reagiu.
Ao fim da corrida, os comissários da FIA concluíram que a Ferrari infringiu as regras que especificamente proíbem ordens de equipe, bem como atitudes antidesportivas que sujem a imagem do esporte. Não adiantou a Ferrari negar a manobra ardilosa; no mesmo dia, recebeu a multa máxima da competição (US$ 100.000) por atitude antidesportiva, e o caso irá para julgamento do Conselho Mundial no próximo dia 10 de setembro - uma punição mais severa é algo que nós mal podemos esperar.A proibição para esse tipo de prática surgiu justamente depois que a Ferrari usou e abusou de Rubens Barrichello, ajudando-lhe a virar piada mundial. E agora, depois que as regras foram visivelmente infringidas pela escuderia italiana, a polêmica está formada. Há os que repudiam a atitude da Ferrari, e há os que defendem (uma minoria). Só não há como negar que o episódio aconteceu.
Mesmo com tanta canalhice em jogo, o superprotegido Fernando Alonso está em 5º lugar na classificação geral, com 123 pontos. O 1º lugar, por incrível que pareça, está com o apagado Lewis Hamilton (157 pontos) e Massa está em 8º com 85. Faltam oito GPs para o fim da temporada.

Um comentário:
Também acho isso uma enorme falta de respeito e consideração para com o piloto que é obrigado a ceder seu 1º lugar para outro. Imagina só: você ali a poucos metros de ganhar e ir para o lugar mais alto do pódio e então recebe ordens absurdas para deixar o outro passar porque "ele está mais rápido". Deve ser o cúmulo da frustração.
Tomara que a Ferrari pague por isso no Conselho de Automobilismo.
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