Em seu novo blog, Aguinaldo Silva está ainda mais ácido e decidiu fazer pouco dos ibopes das novelas que estão no ar. Para ele, falta criatividade nos autores atuais, e comparou o seu desempenho nas duas últimas novelas que escreveu com o ibope do sábado de A Favorita, sobre o qual falamos no domingo. A novela de João Emanuel Carneiro marcou 32 pontos no consolidado, índice que nós sabemos ser baixo, mas que é uma exceção durante a semana.
Aguinaldo escreveu (e eu grifei): "Lembro-me de que nos tempos de SENHORA DO DESTINO, num sábado, se eu desse menos de 45 me considerava a mais infeliz das criaturas. E mesmo na época já bicuda de DUAS CARAS se não desse pelo menos 37 num sábado me sentia um derrotado. Mas o fato é que, com uma rapidez incrível, os tempos mudaram. E aos autores de novela, pegos bem no meio da maior rabuda, não resta outra alternativa senão serem várias vezes mais criativos". Bem, ele mesmo disse: os tempos mudaram. Se ele, um autor de anos de estrada, e conhecido no horário das oito, marcava 37, os números de João Emanuel (estreante no horário) não são menos que compreensíveis.
Mas Aguinaldo é dos meus, e não é à toa que é praticamente um coligado do BLOGARITMOX. Em seu blog, ele repetiu aquilo que nos disse meses atrás: "Não há dúvidas - eu atesto isso - de que João Emanuel Carneiro é a grande revelação de autor dos últimos tempos. Seu esforço para transformar A Favorita numa novela eletrizante é visível e positivo, e por isso eu o aplaudo. Mas o fato é que as telenovelas já não são as mesmas. Paira no ar, entre os telespectadores, uma terrível sensação de “eu já vi isso”. E, se de alguma forma ele já viu o que está no ar, não precisa mais criar o hábito de acompanhar religiosamente a novela capítulo por capítulo".
Ele lembrou dos tempos em que assistia à novela Roque Santeiro, na qual foi introduzido como autor por delegação do Dias Gomes, e que corria para a janela sempre que o plim-plim repicava na tela da televisão - e os ecos das outras tevês ligadas percorriam toda a cidade. "Isso aconteceu comigo, mas também aconteceu com o Gilberto Braga, com o Lauro César Muniz, com o Silvio de Abreu, com o Benedito Ruy Barbosa, com muitos outros. Nós sabíamos: tudo o que o povo queria era acompanhar religiosamente essa e as próximas novelas". Mas isso também aconteceu, de certo modo, com o João Emanuel. Tanto é que Da Cor do Pecado foi a novela das sete mais vista deste século.
E o fiasco está ao alcance de todos, mesmo do autor mais experiente. Vamos usar os exemplos do próprio Aguinaldo: Gilberto Braga enfrentou dificuldades em Paraíso Tropical, Lauro César Muniz praticamente engoliu o anonimato com Cidadão Brasileiro (na Record), Silvio de Abreu beijou o chão com a fracassada As Filhas da Mãe, e o Benedito Ruy Barbosa fez feio em Esperança, dando sinais de que a fonte está secando.
Pra resolver o problema das novelas, Aguinaldo Silva propôs a criação de um fórum para tratar o assunto. E eu adoraria ir!
Aguinaldo escreveu (e eu grifei): "Lembro-me de que nos tempos de SENHORA DO DESTINO, num sábado, se eu desse menos de 45 me considerava a mais infeliz das criaturas. E mesmo na época já bicuda de DUAS CARAS se não desse pelo menos 37 num sábado me sentia um derrotado. Mas o fato é que, com uma rapidez incrível, os tempos mudaram. E aos autores de novela, pegos bem no meio da maior rabuda, não resta outra alternativa senão serem várias vezes mais criativos". Bem, ele mesmo disse: os tempos mudaram. Se ele, um autor de anos de estrada, e conhecido no horário das oito, marcava 37, os números de João Emanuel (estreante no horário) não são menos que compreensíveis.
Mas Aguinaldo é dos meus, e não é à toa que é praticamente um coligado do BLOGARITMOX. Em seu blog, ele repetiu aquilo que nos disse meses atrás: "Não há dúvidas - eu atesto isso - de que João Emanuel Carneiro é a grande revelação de autor dos últimos tempos. Seu esforço para transformar A Favorita numa novela eletrizante é visível e positivo, e por isso eu o aplaudo. Mas o fato é que as telenovelas já não são as mesmas. Paira no ar, entre os telespectadores, uma terrível sensação de “eu já vi isso”. E, se de alguma forma ele já viu o que está no ar, não precisa mais criar o hábito de acompanhar religiosamente a novela capítulo por capítulo".
Ele lembrou dos tempos em que assistia à novela Roque Santeiro, na qual foi introduzido como autor por delegação do Dias Gomes, e que corria para a janela sempre que o plim-plim repicava na tela da televisão - e os ecos das outras tevês ligadas percorriam toda a cidade. "Isso aconteceu comigo, mas também aconteceu com o Gilberto Braga, com o Lauro César Muniz, com o Silvio de Abreu, com o Benedito Ruy Barbosa, com muitos outros. Nós sabíamos: tudo o que o povo queria era acompanhar religiosamente essa e as próximas novelas". Mas isso também aconteceu, de certo modo, com o João Emanuel. Tanto é que Da Cor do Pecado foi a novela das sete mais vista deste século.
E o fiasco está ao alcance de todos, mesmo do autor mais experiente. Vamos usar os exemplos do próprio Aguinaldo: Gilberto Braga enfrentou dificuldades em Paraíso Tropical, Lauro César Muniz praticamente engoliu o anonimato com Cidadão Brasileiro (na Record), Silvio de Abreu beijou o chão com a fracassada As Filhas da Mãe, e o Benedito Ruy Barbosa fez feio em Esperança, dando sinais de que a fonte está secando.
Pra resolver o problema das novelas, Aguinaldo Silva propôs a criação de um fórum para tratar o assunto. E eu adoraria ir!
Um comentário:
Os tempos mudaram para pior.
Não tem mais nada de interessante nessas novelas, nem na última novela dele.Ele se julga o tal mas ficou tão mediocre quanto os outros autores que ele citou.
Novelas, to fora!
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