O caso foi exibido no Video Show dessa semana, e abordado com extrema abrangência pelo Rodolfo, nosso parceiro do blog Magazine da TV, a quem também devemos as imagens desta postagem (veja aqui).
Susan Boyle é uma senhora britânica de 47 anos, desempregada, que apareceu como quem não queria nada no programa Britain's Got Talent, muito semelhante ao American Idol. Seu conto de fadas já lhe rendeu algumas entrevistas, criando lista de espera para os jornalistas, e um pedido particular para ser entrevistada por seu ídolo, Oprah Winfrey. Em menos de uma semana, sua trajetória já foi visualizada mais de 4 milhões de vezes no YouTube.
Pela sua aparência e descontração, Susan foi tratada como se fosse mais uma sem noção que faria o público rir e os jurados exercitarem suas ironias. Requebrou, falou um pouco de si, e quando perguntada sobre a música que iria interpretar, ela respondeu com a mesma e espontânea humildade com que chegou ao palco: "I dreamed a Dream, de Os Miseráveis".
Todos reagiram como "oh, pelo menos ela tem bom gosto".
À primeira vista, ninguém botava fé.
Mas bastou Susan soltar a voz, e, sem querer, calou a boca dos jurados, mas não a do público - todos estavam pasmos, mas as pessoas começaram a gritar eufóricas, e, nos seus primeiros segundos de apresentação, Susan já estava sendo aplaudida de pé.
A música, por si só, já é linda. E a voz de Susan Boyle, que Deus seja louvado, é algo divinal, sublime. O palco era seu. O púlico, os jurados, o país inteiro era seu naquele momento.
Um dos jurados disse: "Susan, esta é a maior supresa que eu já tive nesses três anos de programa. Quando você subiu lá dizendo que queria ser igual à Elaine Page, todos riram de você. Ninguém está rindo agora".
A outra jurada, Amanda Taylor, confessou "Estou emocionada, porque sei que todos estavam contra você." (inclusive ela!) E continuou: "Honestamente, penso que todos nós fomos cínicos, e esse foi o maior tapa na cara de todos. Só quero dizer que foi um privilégio ouvir isso. Brilhante!".
O último jurado - e por sinal, o único espírito de porco que não se levantou para aplaudir a caloura -, disse: "Eu soube, no minuto que você apareceu neste palco, que iríamos presenciar algo extraordinário". Talvez ele estava se referindo ao cinismo mencionado pela Taylor... Enfim. Prosseguiu: "Eu estava certo".
E como se não bastasse, Susan não acreditou quando recebeu SIM dos três. Quando, enfim, se retirou do palco, ela foi aplaudida, novamente, de pé.
Foi um dos momentos mais emocionantes que já tive a honra de assistir, em toda a minha vida.
De todo o meu coração, parabéns, Susan. Vá ganhar esse mundo. Ele já é seu. Só não mude, nunca.
Pela sua aparência e descontração, Susan foi tratada como se fosse mais uma sem noção que faria o público rir e os jurados exercitarem suas ironias. Requebrou, falou um pouco de si, e quando perguntada sobre a música que iria interpretar, ela respondeu com a mesma e espontânea humildade com que chegou ao palco: "I dreamed a Dream, de Os Miseráveis".
Todos reagiram como "oh, pelo menos ela tem bom gosto".
À primeira vista, ninguém botava fé.
Mas bastou Susan soltar a voz, e, sem querer, calou a boca dos jurados, mas não a do público - todos estavam pasmos, mas as pessoas começaram a gritar eufóricas, e, nos seus primeiros segundos de apresentação, Susan já estava sendo aplaudida de pé.
A música, por si só, já é linda. E a voz de Susan Boyle, que Deus seja louvado, é algo divinal, sublime. O palco era seu. O púlico, os jurados, o país inteiro era seu naquele momento.
Um dos jurados disse: "Susan, esta é a maior supresa que eu já tive nesses três anos de programa. Quando você subiu lá dizendo que queria ser igual à Elaine Page, todos riram de você. Ninguém está rindo agora".
A outra jurada, Amanda Taylor, confessou "Estou emocionada, porque sei que todos estavam contra você." (inclusive ela!) E continuou: "Honestamente, penso que todos nós fomos cínicos, e esse foi o maior tapa na cara de todos. Só quero dizer que foi um privilégio ouvir isso. Brilhante!".
O último jurado - e por sinal, o único espírito de porco que não se levantou para aplaudir a caloura -, disse: "Eu soube, no minuto que você apareceu neste palco, que iríamos presenciar algo extraordinário". Talvez ele estava se referindo ao cinismo mencionado pela Taylor... Enfim. Prosseguiu: "Eu estava certo".
E como se não bastasse, Susan não acreditou quando recebeu SIM dos três. Quando, enfim, se retirou do palco, ela foi aplaudida, novamente, de pé.
Foi um dos momentos mais emocionantes que já tive a honra de assistir, em toda a minha vida.
De todo o meu coração, parabéns, Susan. Vá ganhar esse mundo. Ele já é seu. Só não mude, nunca.
LEGENDADO EM PORTUGUÊS
SUSAN BOYLE
OBRIGADO, DAILYMOTION!
ENTREVISTA À BBC: CLIQUE AQUI
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Transcrição mais do que pertinente das palavras de Rosana Herman:
OBRIGADO, DAILYMOTION!
ENTREVISTA À BBC: CLIQUE AQUI
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Transcrição mais do que pertinente das palavras de Rosana Herman:
(...) Ela realiza a "grande virada" do ser humano, do herói que se prova, em segundos. Ao entrar no palco, ela é uma derrotada. 47 anos, feia, gorduchinha. A fera da bela. O pato feio. O júri faz caras. A plateia, torce o nariz. Todos a desprezam e estão contra ela.
Ela diz que quer ser cantora profissional e quer ser como Helen Elaine Page*. Ela canta "I dream the dream" from Les Misérables.
E a canção começa.
E ao abrir a boca os anjos começam a sair de sua garganta, aos milhares, e enchem o salão com sua música celestial. E a feiura de Susan derrete no ar diante de nossos olhos. Temos vontade de ajoelhar, de pedir perdão pelo julgamento precipitado, como o júri faz em seguida.
A emoção é forte, porque há uma Susan dentro de nós, querendo provar sua beleza invisível.
Ela diz que quer ser cantora profissional e quer ser como Helen Elaine Page*. Ela canta "I dream the dream" from Les Misérables.
E a canção começa.
E ao abrir a boca os anjos começam a sair de sua garganta, aos milhares, e enchem o salão com sua música celestial. E a feiura de Susan derrete no ar diante de nossos olhos. Temos vontade de ajoelhar, de pedir perdão pelo julgamento precipitado, como o júri faz em seguida.
A emoção é forte, porque há uma Susan dentro de nós, querendo provar sua beleza invisível.
blogaritmox@gmail.com
2 comentários:
Eu tinha que escrever algo sobre essa mulher que me fez chorar como há muito tempo não choro e esse texto não vai pro blog porque estou tão extasiado com ela que não quero por enquanto colocar nada lá, quero ficar olhando e ouvindo ela cantar o maior tempo que conseguir.Eu estava na sintonia da “Divina comédia”, mas sinto que vou ter que pegar um atalho só por hoje para “Os miseráveis” de Victor Hugo que, aliás, há muito tempo anda falando comigo.
Escrevo sobre Susan porque a quero como mais um dos verbetes da enciclopédia da minha alma, tudo que escrevo vem de dentro de mim e isso torna as palavras, os sentimentos e as pessoas parte da minha existência, o físico é ilusão, o pensamento que é o real. Susan parece ser a resposta a uma voz que há muito tempo clama dentro de mim , a mudança do mundo, a sensibilização dele torno-o um lugar menos hostil e mais feliz.
Eu me identifico com Susan porque eu já senti na carne o que é ser desprezado pela crueldade de outros seres humanos, porque sinto a realização plena do meu corpo ao ter superado meus complexos, eu tenho baixa estatura para um homem, e isso sempre foi motivo de chacota, até um dia, até o dia que eu percebi que aquelas pessoas eram cegas, elas não viam o que eu tinha de maior em mim e eu resolvi mostrar ao mundo o que é.Hoje todos os dias quando acordo me orgulho de quem sou.
Como Susan eu tinha preconceito comigo mesmo, uma amiga certa vez abriu meus olhos para isso, eu agradeço a ela por ter me fortalecido, acreditava no bullying que as pessoas adoram fazer com as outras, a humilhação é um prazer sádico inerente ao caráter humano, aprendi a rir das piadas que faziam comigo, fui aperfeiçoando minha percepção, aguçando meu olhar, aprofundando a minha sensibilidade.Assim a minha empatia se tornou um dom, assim como a expressão dos sentimentos mais íntimos.Aprendi com a vida e com a insensibilidade das pessoas a reconhecer o caráter de alguém apenas pela maneira dela olhar ou se dirigir a você.
Susan fez girar a minha vida e hoje é um dia especial para mim, se sorrateiras minhas futuras rugas, quase sempre frutos de preocupação excessiva ou de stress maligno, estiverem nesse momento nascendo em meu rosto elas não serão como as outras, estas são marcas da expressão do meu sorriso
http://andre.aquino12.blog.uol.com.br
Foi lindo, realmente. E ela me lembrou a Edith Piaf, que não precisa da beleza estética pra ser uma cantora extraordinária.
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