A reprise de O Clone já vinha sendo pensada e descartada e depois pensada de novo há muito tempo, mas com as intromissões autoritaristas do Ministério da Justiça, a Globo não sabia bem se a coisa ia funcionar. De um lado, o MJ exigindo o corte de cenas impróprias. Do outro lado, a própria Globo, fazendo cortes por prazer. O problema é que, do jeito que as coisas são, praticamente não vai sobrar novela para a emissora se divertir retalhando.
Sete pecados, como se sabe, tem registrado índices insatisfatórios e boatos dão conta de que os cortes chegam a aproximadamente sete ou oito capítulos resumidos em um. O Clone, vale dizer, não tinha tiroteios, nem linguagem inapropriada, nem demasiado apelo sexual. As cenas mais fortes são as protagonizadas pela viciada Mel (Débora Falabela) em seus episódios. E qual o problema nisso? O objetivo era alertar o público para os estragos que as drogas podem causar não só aos usuários, como também em todos os que o cercam. Essas lições, o MJ não deve querer que o Brasil aprenda. Ou não?
O Clone volta em janeiro, para a alegria dos telespectadores, e com promessa de muitas decepções. Paralelamente, vamos acompanhar a atuação da Associação dos Roteiristas, que nesta semana se manifestou, formalmente, contra o sistema de classificação indicativa/ nova censura.
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Um comentário:
Mesmo com todos os cortes que já são esperados na reprise de "O Clone", acho que é quase certo que a novela vai recuperar a audiência perdida com "Sete Pecados".
Acho que tem grandes chances de explodir mesmo em audiência.
Até mais!
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