O Pânico, as tchecas, a CBBP e o Instituto Purifica

Atenção

O post a seguir trata de uma teoria da conspiração

Só leia se tiver certeza de que não está sendo seguido

Em 2006, nos intervalos da MTV, víamos comerciais ingênuos de uma ONG que pregava um futuro sustentável, um mundo melhor. Era o Instituto Purifica, que mais tarde se revelou um grande esquema montado por hackers para dominarem a MTV.

Tudo, é claro, não passava de uma brincadeira (tecnicamente, um ARG, ou Alternate Reality Game), tão ameaçadora quanto a TV CRUJ invadindo os sinais do SBT para exibir os seus desenhos. Até porque, que graça teria para um hacker invadir a MTV.

Isso, do Instituto Purifica, aconteceu em 2006. A internet ainda engatinhava para o que é hoje, era uma época em que o YouTube ainda era novidade. E nem em 2006 isso foi novidade. Vide o MysterioysAD, da Nokia. Se é verdade ou não a história da farsa das Tchecas do Brazil, isso nós não podemos afirmar ainda. O Pânico pode estar sim envolvido em tudo isso, e adorando a promoção que estão tendo. O programa, nos últimos tempos, tinha deixado de repercutir. Ainda mantém uma audiência interessante, mas tinha deixado de ser notícia.

Agora, vamos considerar que tudo não passou de uma grande mentira do Pânico. Eles inventaram a roda? Não. Já vimos isso antes. Se está funcionando, isso com certeza está. E, vamos ser sinceros? Isso tudo é muito divertido. Eu, sinceramente, gosto.

Tudo tem a ver com publicidade. O telespectador é enredado numa série de supostos mistérios, ataques, mentiras. Quase sempre há uma marca por trás disso. A Skol pode estar bancando o esquema, por que não? É tudo tão louco, tão absurdo, que é natural que o público venha e questione tudo. Porque o TV Fama acreditar numa matéria do Sensacionalista é uma coisa. O Pânico cair num golpe tão fajuto desses, é outra. E mais, a CBBP (Companhia Brasileira de Bebidas Premium), se é que existe, precisaria ser muito estúpida para chegar ao mercado dessa forma.

Logo da Perdigão, ou da CBBP

Somos telespectadores, não as mães deles. Quando isso é encaixado num contexto que não interfere em nossas vidas, tudo bem que nos enganem. Isso pode até servir para que certas pessoas entendam que a televisão não pode ser levada a sério, não em níveis extremos. Mesmo nos jornais (aliás, principalmente neles): assistimos, acreditamos, mas temos que manter a mente aberta para reviravoltas. Notícias podem ser erradas. E quando isso acontece, o estrago está feito, e a preocupação que a imprensa tem em consertar o erro, ou ao menos pedir desculpas, é zero.

Por isso, se o Pânico quer nos pregar uma peça, que preguem! Vai ficar difícil acreditar neles depois dessa, mas eles podem conviver com isso. É humor, repito. Até aqui estamos vendo um show de criatividade, caso estejamos diante da farsa de uma farsa. Tem as suas brechas, ou pontos controversos que estão sendo levantados pouco a pouco, o que não tira o seu encanto.

É tudo brincadeira? Não sei, mas estou ansioso pelos próximos episódios.

Ah, e a minha contribuição: no site da CBBP não tem o CNPJ da empresa. Fica a dica.

Finge que é remédio e toma

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