Depois de patinar numa poça de expectativas, The Get Down pode ter chegado ao fim, com a estreia da segunda leva de episódios (chamada de "Parte 2") da primeira temporada, na semana passada.
The Get Down foi anunciada como "a série mais cara da história da Netflix" - se bem que, vira e mexe o site lança uma série com esse predicado: vide Marco Polo e The Crown. Contudo, diferente da série sobre os primeiros anos de reinado da monarca britânica (que, aliás, foi sucesso de apenas crítica, mas não de público), a Netflix não tem se dado bem nesses seus investimentos mais ambiciosos. Marco Polo já foi oficialmente cancelada, após duas temporadas. The Get Down pode não passar da primeira.
A sensação de que a série teve duas temporadas (leia-se: foram duas partes de uma temporada só) ajuda a esconder um pouco da confusão que envolveu os seus bastidores. A temporada não ficou pronta a tempo. E a segunda parte, que também custou a sair, ficou marcada por atrasos e polêmica: "O elenco todo está se sentindo eles estão escrevendo o programa enquanto as gravações continuam", disse uma fonte à imprensa.
Em sua segunda parte, The Get Down entregou um tom mais definitivo ao desfecho dos personagens, embora tenha deixado pontas soltas. Mas bem poucas.
Embora eu não tenha me interessado muito pelo tom cartunesco de algumas cenas, eu gostei mais desses episódios do que os da primeira "metade". O núcleo de Mylene (Herizen F. Guardiola), a jovem cantora que salta da periferia para o estrelato, foi o que mais me agradou. Na primeira parte, Dizzee (Jaden Smith) parecia que ia entregar uma história legal. Mas, talvez por problemas de agenda, ele pouco entregou nesse final.
A série terminou sem necessidade de uma segunda temporada. Se ela vier, que mantenha ou melhore o nível desse arco final.
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