Neste ritmo, ainda sonho com o dia em que o sexo explícito vai substituir o banho de sangue dos programas policiais da Bahia.
quarta-feira, setembro 28, 2011
Cadê Côco, Ministério Público? Até o Goku sabe!
Neste ritmo, ainda sonho com o dia em que o sexo explícito vai substituir o banho de sangue dos programas policiais da Bahia.
quinta-feira, outubro 07, 2010
domingo, junho 13, 2010
NA MIRA: APRESENTADOR PEDE DEMISSÃO

A relação de Uziel com a emissora e a própria equipe já estava abalada - havia constantes desentendimentos, envolvendo brigas e discussões. Estavam empurrando a situação com a barriga, até que o apresentador teria dado um belo de um pití quando lhe pediram para assinar uma advertência vinda da própria direção da Aratu. Por isso ele recebeu suspensão de dois dias, até que resolveu pedir demissão. Na sexta-feira (21 de maio) o programa foi substituído pelo Chaves.
Ao que parece, a emissora estava planejando suavizar (do seu jeito podre) as imagens criminosas que exibiam no Na Mira, e Uziel bateu o pé. Saiu espalhando que tinha gente se vendendo ali dentro, e que ele estava sofrendo "assédio moral" dos poderosos (entenda-se, o Ministério "Demorou" Público).
O que se comenta, porém, é que Uziel estava esperando o primeiro motivo para sair do programa como mártir, e se candidatar a deputado estadual. Como dizem em Salvador e na ABL, "fuja que é barril, povo baiano!".
Foi no dia 26 de maio que a história teve seu desfecho: Uziel pediu demissão, e emitiu uma nota oficial à imprensa.
Mas o Na Mira não deixou de existir. Atualmente é apresentado por Analice Salles, seja lá de onde ela tenha saído.
LEIA A NOTA OFICIAL ESCRITA PELO APRESENTADOR
A COR DA FONTE É MERAMENTE ILUSTRATIVA
AOS MEUS FÃS, SEGUIDORES, COMPANHEROS DE LUTA, ADMIRADORES E AMIGOS.
É com tristeza no coração que digo a todos vocês que acreditam na ética, responsabilidade da imprensa, na lisura da informação, em uma Bahia sem corrupção e sem mentiras, que fui forçado e induzido a interromper hoje o projeto Na Mira.
Às pressões subumanas e humilhantes às quais fui submetido nos últimos tempos pela TV Aratu ficaram insustentáveis para mim, para minha família e, inclusive, para aqueles que acompanham de perto meu trabalho.
Não me submeto, nem nunca me submeterei a chantagens e pressões de poderosos, entre eles governos e prefeituras, que não aceitam a democracia de livre informação que o povo da Bahia merece e tem o direito de ter.
Não vou compactuar com um modelo de jornalismo que se vende por alguns milhões em propagandas institucionais. Este não é Uziel Bueno.
Não serei mais vítima do assédio moral ao qual estava submetido. Deixo a antiga emissora, mas não abro mão de defender os direitos das pessoas de bem da Bahia.
Continuo firme e forte nessa batalha.
Onde quer que eu esteja, estarei sempre com todos vocês! O Sistema é Bruto!
UZIEL BUENO.
CIDADÃO BAIANO!
VAMOS MANIFESTAR A NOSSA TRISTEZA E APOIO
AO UZIEL








quarta-feira, junho 10, 2009
SENHORA DO DESTINO PODE SAIR DO AR

Os argumentos utilizados pelo MJ dessa vez (e nas outras também) foi o excesso de "cenas de assassinato, agressão física e verbal e linguagem de conteúdo sexual".
Do nosso dicionário bem transado, o Ministério da Justiça assim entende:cenas de assassinato: Nazaré, rolando no mato, esmaga um bicho-da-seda
agressão física: Clementina dando um tapa na cara do neto Políbio
-- e verbal: Políbio responde à agressão dizendo "Pô, vó! Doeu!"
linguagem de conteúdo sexual: Dirceu diz à Maria do Carmo: "Eu te amo"

A Globo, obviamente, pretende recorrer da decisão da Justiça. E eu espero que ganhe. Porque chega a ser piada imaginar que num país onde o programa Na Mira exibia, sem cortes, ao meio-dia e às sete da manhã, imagens reais de gente morta sem o menor recurso de edição (e quanto a isso, o Ministério da Justiça nunca fez porra nenhuma), eles agora querem impedir a exibição de uma novela que já era cortada mais do que o suficiente.
sexta-feira, abril 17, 2009
JUSTIÇA DETERMINA QUE O PROGRAMA "NA MIRA" SAIA DO AR

Demorou, mas o Ministério Público ofereceu denúncia e nessa quarta-feira (15 de abril) o juiz da 4ª Vara Cível de Salvador, Manuel Bahia, determinou que o programa fosse retirado do ar. É mais do que óbvio que a decisão do magistrado não caracteriza censura; muito pelo contrário. E segundo a decisão proferida, o excelentíssimo juiz afirmou: "Vislumbra-se, na atração, quadros chocantes, pavorosos, tétricos, macabros e dantescos".
Para mim, cancelar o programa nem é suficiente. A TV Aratu deveria indenizar pesadamente o povo brasileiro pelo crime cometido. A Justiça, porém, impôs reformulações ao programa, e, se descumpridas gerarão multa diária de R$ 10.000.
blogaritmox@gmail.com


sábado, março 21, 2009
NA MIRA: O MAIOR DESSERVIÇO DA HISTÓRIA DA TV BRASILEIRA

Neste programa, acredite se quiser, são exibidas diariamente - mais ou menos ao meio-dia com reprise às sete da manhã - imagens de gente morta. Sem mosaicos, sem qualquer recurso visual que preserve a imagem das pessoas. Os corpos são filmados em closes e mais closes. E o apresentador, Uziel Bueno (foto), que parece engrossar a voz para parecer mais homem, é um detalhe a mais nesse show de horrores. Hora faz as vezes de juiz; hora de promotor; hora de Deus. Essa semana, Uziel condenou um suposto assaltante ao inferno.
Nem crianças são poupadas das câmeras do programa: ainda nessa semana, foram exibidas imagens do corpo de um menino de 14 anos executado por traficantes. O Na Mira fez questão de mostrar o rostinho ensanguentado, as marcas das balas, o corpo sem vida. Na quinta-feira, foi ao ar o caso de outro jovem assassinado, este de 15 anos, e ao seu cadáver deram a mesma atenção: closes, baixaria, sensacionalismo da pior espécie.
O principal concorrente do programa, o Se Liga Bocão, também já bancou o urubu e já exibiu esse tipo de imagens, mas em "consideração às ordens do Ministério Público", passaram a usar recursos visuais nas imagens, como mosaicos. E ontem, o Na Mira anunciou estar "mudado", adequando-se ao MP. Pura enganação. A única diferença é que agora eles fingem que estão escondendo os rostos dos defuntos, mas em compensação dão particular destaque às feridas, às marcas de tiro, ao sangue derramado.
Independente de esses programas terem ou não mudado, o mal que fizeram à sociedade é irreparável. As coisas que eles exibem (ou exibiram) em seus horários, não poderiam aparecer sequer em filmes. Não dá para aceitar que fiquem impunes. Mas, infelizmente, é isso que vai acontecer.
Uma coisa é a denúncia, a função social do programa jornalístico. Outra, inaceitável, é fazer festa em cima da miséria humana, ainda mais abusando de imagens de gente morta num horário em que há tanta gente de bem, mulheres, idosos e crianças em frente à televisão.
O pior do mundo-cão
Impossível imaginar que na televisão brasileira ainda existam coisas como o programa policial “Na mira”, apresentado diariamente na TV Aratu, Bahia. Perto dele, os pastores e igrejas, hoje espalhados e fazendo seus “milagres” em várias emissoras, devem ser vistos como entretenimento de qualidade.
Nesses últimos dias, os abusos diminuíram um pouco ou estão disfarçados para desviar do foco do Ministério Público. Mas o histórico é de um tenebroso mundo-cão, seguramente, o pior que se tem notícia na atualidade. Diariamente, às 12 horas ou na reprise das 7 da noite, são exibidas cenas de pessoas mortas e vítimas das piores violências, sem mosaico ou qualquer outro recurso de edição. Closes e mais closes, com todos os requintes de perversidade. Os seus repórteres, diante de um cadáver estendido no chão, retiram o pano ou plástico para facilitar o enquadramento dos detalhes.
Tudo escancarado. Não há o menor respeito com ninguém.
Caso, dia desses, de um menino de 14 anos supostamente assassinado por traficantes. Não se utilizou nenhum recurso visual que preservasse o seu rosto ensanguentado ou os orifícios provocados pelas balas que perfuraram o seu corpo.
Conforta saber que o MP está de olho, mas surpreende o fato de um programa como este, de tão baixa qualidade, ainda existir.