(não é Lulalá)
Depois daquela enxurrada de anúncios terroristas, o SBT finalmente estreou Lalola, a primeira novela após o término do contrato com a Televisa, e maior aposta de Silvio Santos para 2008, até agora. Duraram longos dias as chamadas do folhetim, onde as sílabas "Lu la lá" e "La lo la" protagonizaram os piores trocadilhos que eu já vi na minha vida, onde diziam: "No mês de janeiro tem Lula?" "Não, tem Lola!". Os criadores dessas chamadas devem ter achado a piada uma jóia, e o mais difícil é tentar imaginar o que eles estavam fumando quando criaram esse lixo. Essas chamadas devem ter servido como um filtro: se o telespectador conseguiu passar por elas, vai assistir qualquer coisa.

Certamente, muita gente não estava entusiasmada para ver a tão comentada estréia do dia 21 de janeiro, onde outros comerciais (bem produzidos, aliás) metralhavam pra todos os lados, dizendo que "nem a Globo, nem a Record nem a Bandeirantes já fizeram uma novela com um assunto tão diferente". Acho que a reação do público a essas chamadas foi de indiferença, até porque depois do "A concorrência vai tremer de medo" (2007), o SBT se assumiu como cão que sabe ladrar, e morde pouco - e quando morde, faz quase assoprando.

A trama de Lalola se passa em Buenos Aires, nossa 14ª colônia, uma cidade com ar europeu e de " nação emergente" (sei, hehe).
Logo de cara sentimos a diferença, já que as novelas mexicanas geralmente se passam na Cidade do México, capital com jeitão de "¡Arriba compadre!", cenários e locações que emanavam breguice; tudo ali tinha certa essência de Ligeirinho Gonzalez, mas que... Enfim, já estávamos habituados.
A história todos já conhecem: o mulherengo machista Camilo "Lalo" Padilla se mete com uma mulher vingativa, que depois do toco procura os serviços de uma bruxa. As duas fazem um trabalho para Lalo, que acaba sendo transformado em mulher, Dolores "Lola" Padilla (Carla Peterson). Assim, como diria o narrador da Sessão da Tarde, Lola "acaba aprontando muita confusão!". Fernando (Luciano Castro), um antigo desafeto de Lalo, acaba se encantando por Lola, e aí a novela começa a complicar. O tal rapaz tem um típico biotipo argentino, e com cara de marxista insurgente torcedor do Boca, que aliás é o time de Lalo - que na Argentina, tem o prenome "Camilo" e não "Ramiro", como na versão brasileira da Hebert Richers. (mesmo assim o nome completo de Camilo "Lalo" Padilla ainda lembra muito o de Raúl "Chato" Padilla, o Jaiminho do Chaves).
A maior parte da trama de Lalola se passa no editorial de Don, uma revista de fortes tendências falocêntricas. O ambiente é muito semelhante ao da Eco Moda, retratado na novela colombiana Betty, a Feia. Em verdade, as duas novelas seguem um estilo parecido de comédia.

No ar desde agosto de 2007 na emissora América, Lalola tem uma abertura impressionante, muito bem feita - deixando pra trás até obras-primas do imigrante Hans Donner. Pra quem não gosta da novela, não gostar da abertura já vai ser uma opinião muito parcial.
Enamorada, o tema da abertura, é cantado pela banda argentina Miranda. Faça o download dessa música clicando aqui.
ABERTURA DE LALOLA
2 comentários:
Eu gostaria de fazer uma pergunta..
Qual é o nome da música da abertura da novela?
"Enamorada, o tema da abertura, é cantado pela banda argentina Miranda..."
vc num sabe ler naum??
o nome da musica eh "enamorada"
Postar um comentário