Foi algo difícil encontrar dez atrações boas pra poder listá-las. Concorde ou não... esses dez são o que há de melhor na tevê brasiliana, e são dez exceções numa época em que as grades dos canais abertos estão piorando a cada dia. Lembrando que não incluí o Chaves pra ser justo com os demais programas, porque ele, sozinho, ocuparia todas as 10 posições.
10º LUGAR. É o que o SBT deveria ter feito com o Quem Não Viu Vai Ver. O Arquivo Record tem um tratamento digno de documentário, e resgata um material precioso do acervo da Record, que está no ar há mais de meio século e, querendo ou não, tem um arquivo excepcional. Neste programa, não há prêmios em dinheiro pro telespectador, nem os quadros dividem a tela com o apresentador. É, sim, de muito bom gosto.
9º LUGAR. É o melhor jornal da emissora. Enquanto o JN tem aquele ritmo frio, e o Jornal Hoje é serelepe e tributário demais, o Bom Dia Brasil conta com os comentários de Miriam Leitão e Alexandre Garcia, que nem sempre são certos stricto sensu, mas sempre muito respeitáveis e valem a pena ouvir. Renato Machado e Renata Vasconcellos formam uma boa dupla, ela serena e ele requintado - sempre que pode, acrescenta um quê de cultura clássica ao jornal, que acaba ficando leve e tragável numa manhã.
8º LUGAR. Contraí SBT local há quase três anos, e desde então fica quase impossível saber os horários de Liga da Justiça Sem Limites. Ultimamente, Liga da Justiça - com limites - tem passado no Carrossel Animado. Mas o bom mesmo é aquele mutirão de heróis, com histórias próprias e tramas paralelas, mostrando que o realismo fantástico não precisa ser algo ridículo como na novela da Record. O desenho em si nem é tão bem feito, os traços e a produção não têm um bom acabamento, mas as histórias são sempre muito bem feitas e a dublagem é muito boa.
7º LUGAR. Pra você ver como essa lista foi difícil. Esse programa nem devia ser listado - porque, transmitido nas madrugadas das quartas-feiras e sem reprise, poucos gentios de fé conseguem assistir. O horário ingrato do SBT Realidade está contribuindo para que Ana Paula Padrão esteja caindo no esquecimento do público. O que é uma pena, pois é minha jornalista predileta, e que se esforça ao máximo na produção do programa - que vence de longe o Globo Repórter e o Câmera Record. Só não tem a mesma divulgação.
6º LUGAR. Tava fazendo falta! É verdade que muitos dos clássicos do Cinema em Casa foram surrupiados pela Globo e pela Record, mas mesmo assim o SBT conseguiu ter uma sacada inteligente, uma das únicas nos últimos 5 anos. A volta da sessão vespertina de filmes - que nem preciso dizer que ganha de longe da Sessão da Tarde - não só alavancou a audiência como ajudou o programa que o sucede, o interessante Casos de Família. Não bastassem os clássicos do mestre Leslie Nilsen, a emissora vem apostando em filmes recentes, que deixam qualquer um surpreso. Até Mulher-Gato, filme novíssimo, já foi exibido, além de outros não tão novos e que eram mal usados numa sexta à noite em Tela de Sucessos. Não dá mais pra jogar longas como O Máskara no horário nobre. É um filme que já tem a cara das tardes, com a sorte de que o SBT não costuma cortar levianamente os filmes que exibe.
5º LUGAR. É um programa feliz em tudo, inclusive no prêmio de 2 milhões. O Justus não faz feio, dando cada coça nos participantes, e acaba ensinando algo ao telespectador também. O Aprendiz é todo bem cuidado, e sua aparência meio que remete a um estilo Times Square. Bem típico de um publicitário.
4º LUGAR. Críticos especializados já chegaram a comparar Lalola a produções que marcaram época aqui no Brasil, como Guerra dos Sexos. Porém, se o SBT divulgou muito no começo, hoje não divulga quase nada da novela em que depositara tantas esperanças. Pra mim, o problema da dublagem já foi superado, basta ter paciência. A novela é uma comédia totalmente sem noção, com tiradas incríveis, muito hilária. Se na Argentina foi um sucesso estrondoso, aqui (não, em São Paulo) é um fracasso retumbante graças à troca de horário, chegando a ficar em 5º lugar em algumas ocasiões. Das 8:15 passou para a às 9:00. É uma pena que o brasileiro não tenha sabido aproveitar uma novela tão boa, e nunca terão essa oportunidade novamente, porque o SBT está picotando a novela, e nunca que irá reprisar. Algumas tiradas que merecem destaque: "Que sorte tem essa Solange... Quem não queria ser órfão, e milionário?" (Natália); e "Felicidade não existe se os outros não estão infelizes" (Gastão).
3º LUGAR. Numa época em que o Pânico se vendeu à Rede TV e ao seu estilo capitalista urubu de terceiro mundo, a Band veio com a idéia de um programa alternativo, o CQC. E o melhor - ninguém pode dizer que é uma cópia do Pânico, pois é uma fórmula argentina, de mais de 10 anos. E eles vêm com um humor inteligente, uma edição brilhante e, quando dividem a mesma festa com os caras do Pânico, destacam-se por não querer humilhar os entrevistados, e pelas perguntas irônicas. E os apresentadores foram escolhidos a dedo, todos humoristas de carreira, fora da televisão ou dentro dela. Marcelo Tas é respeitado no meio artístico, já trabalhou até no Castelo Rá-tim-bum, e Rafinha Bastos e Marco Luque vinham se destacando por aí. Luque já esteve na Terça Insana, e Rafinha faz um stand-up comedy muito bom.
2º LUGAR. Recomendo, inclusive pelo valor pedagógico! É a melhor produção do SBT. Comete alguns erros gráficos, mas o desempenho da argentina radicada Cris Poli no manejo da relação nas famílias é incrível. O momento Hora da verdade, em que ela se reúne com os pais e joga na cara deles que o problema dos filhos é culpa de má criação, sempre merece atenção redobrada. É um reality de alcance universal, pois todos temos família - mesmo que alguns não conheçam a sua, eles têm - e as tentativas da Supernanny de restaurar a paz nas famílias é sempre um esforço louvável.
1º LUGAR. A melhor comédia brasileira. O texto é excelente, e os atores são muito bem adequados. A dobradinha com o Casseta & Planeta - que merecia estar nessa lista - está funcionando bem melhor do que com A diarista, que já tinha passado do ponto e já foi tarde. Com um enredo nada a ver com Sai de Baixo, Toma Lá Dá Cá foi uma grande supresa pra mim, que não esperava nada do seriado, até porque o piloto em 2005 foi fraco. É uma pena que Fernanda Souza (Isadora) não esteja mais tão gostosa em 2008 como estava em 2007, mas mesmo assim o programa é um sitcom mau-caráter muito bem feito, com personagens marcantes e momentos de rachar de rir.
10º LUGAR. É o que o SBT deveria ter feito com o Quem Não Viu Vai Ver. O Arquivo Record tem um tratamento digno de documentário, e resgata um material precioso do acervo da Record, que está no ar há mais de meio século e, querendo ou não, tem um arquivo excepcional. Neste programa, não há prêmios em dinheiro pro telespectador, nem os quadros dividem a tela com o apresentador. É, sim, de muito bom gosto.
9º LUGAR. É o melhor jornal da emissora. Enquanto o JN tem aquele ritmo frio, e o Jornal Hoje é serelepe e tributário demais, o Bom Dia Brasil conta com os comentários de Miriam Leitão e Alexandre Garcia, que nem sempre são certos stricto sensu, mas sempre muito respeitáveis e valem a pena ouvir. Renato Machado e Renata Vasconcellos formam uma boa dupla, ela serena e ele requintado - sempre que pode, acrescenta um quê de cultura clássica ao jornal, que acaba ficando leve e tragável numa manhã.
8º LUGAR. Contraí SBT local há quase três anos, e desde então fica quase impossível saber os horários de Liga da Justiça Sem Limites. Ultimamente, Liga da Justiça - com limites - tem passado no Carrossel Animado. Mas o bom mesmo é aquele mutirão de heróis, com histórias próprias e tramas paralelas, mostrando que o realismo fantástico não precisa ser algo ridículo como na novela da Record. O desenho em si nem é tão bem feito, os traços e a produção não têm um bom acabamento, mas as histórias são sempre muito bem feitas e a dublagem é muito boa.
7º LUGAR. Pra você ver como essa lista foi difícil. Esse programa nem devia ser listado - porque, transmitido nas madrugadas das quartas-feiras e sem reprise, poucos gentios de fé conseguem assistir. O horário ingrato do SBT Realidade está contribuindo para que Ana Paula Padrão esteja caindo no esquecimento do público. O que é uma pena, pois é minha jornalista predileta, e que se esforça ao máximo na produção do programa - que vence de longe o Globo Repórter e o Câmera Record. Só não tem a mesma divulgação.
6º LUGAR. Tava fazendo falta! É verdade que muitos dos clássicos do Cinema em Casa foram surrupiados pela Globo e pela Record, mas mesmo assim o SBT conseguiu ter uma sacada inteligente, uma das únicas nos últimos 5 anos. A volta da sessão vespertina de filmes - que nem preciso dizer que ganha de longe da Sessão da Tarde - não só alavancou a audiência como ajudou o programa que o sucede, o interessante Casos de Família. Não bastassem os clássicos do mestre Leslie Nilsen, a emissora vem apostando em filmes recentes, que deixam qualquer um surpreso. Até Mulher-Gato, filme novíssimo, já foi exibido, além de outros não tão novos e que eram mal usados numa sexta à noite em Tela de Sucessos. Não dá mais pra jogar longas como O Máskara no horário nobre. É um filme que já tem a cara das tardes, com a sorte de que o SBT não costuma cortar levianamente os filmes que exibe.
5º LUGAR. É um programa feliz em tudo, inclusive no prêmio de 2 milhões. O Justus não faz feio, dando cada coça nos participantes, e acaba ensinando algo ao telespectador também. O Aprendiz é todo bem cuidado, e sua aparência meio que remete a um estilo Times Square. Bem típico de um publicitário.
4º LUGAR. Críticos especializados já chegaram a comparar Lalola a produções que marcaram época aqui no Brasil, como Guerra dos Sexos. Porém, se o SBT divulgou muito no começo, hoje não divulga quase nada da novela em que depositara tantas esperanças. Pra mim, o problema da dublagem já foi superado, basta ter paciência. A novela é uma comédia totalmente sem noção, com tiradas incríveis, muito hilária. Se na Argentina foi um sucesso estrondoso, aqui (não, em São Paulo) é um fracasso retumbante graças à troca de horário, chegando a ficar em 5º lugar em algumas ocasiões. Das 8:15 passou para a às 9:00. É uma pena que o brasileiro não tenha sabido aproveitar uma novela tão boa, e nunca terão essa oportunidade novamente, porque o SBT está picotando a novela, e nunca que irá reprisar. Algumas tiradas que merecem destaque: "Que sorte tem essa Solange... Quem não queria ser órfão, e milionário?" (Natália); e "Felicidade não existe se os outros não estão infelizes" (Gastão).
3º LUGAR. Numa época em que o Pânico se vendeu à Rede TV e ao seu estilo capitalista urubu de terceiro mundo, a Band veio com a idéia de um programa alternativo, o CQC. E o melhor - ninguém pode dizer que é uma cópia do Pânico, pois é uma fórmula argentina, de mais de 10 anos. E eles vêm com um humor inteligente, uma edição brilhante e, quando dividem a mesma festa com os caras do Pânico, destacam-se por não querer humilhar os entrevistados, e pelas perguntas irônicas. E os apresentadores foram escolhidos a dedo, todos humoristas de carreira, fora da televisão ou dentro dela. Marcelo Tas é respeitado no meio artístico, já trabalhou até no Castelo Rá-tim-bum, e Rafinha Bastos e Marco Luque vinham se destacando por aí. Luque já esteve na Terça Insana, e Rafinha faz um stand-up comedy muito bom.
2º LUGAR. Recomendo, inclusive pelo valor pedagógico! É a melhor produção do SBT. Comete alguns erros gráficos, mas o desempenho da argentina radicada Cris Poli no manejo da relação nas famílias é incrível. O momento Hora da verdade, em que ela se reúne com os pais e joga na cara deles que o problema dos filhos é culpa de má criação, sempre merece atenção redobrada. É um reality de alcance universal, pois todos temos família - mesmo que alguns não conheçam a sua, eles têm - e as tentativas da Supernanny de restaurar a paz nas famílias é sempre um esforço louvável.
1º LUGAR. A melhor comédia brasileira. O texto é excelente, e os atores são muito bem adequados. A dobradinha com o Casseta & Planeta - que merecia estar nessa lista - está funcionando bem melhor do que com A diarista, que já tinha passado do ponto e já foi tarde. Com um enredo nada a ver com Sai de Baixo, Toma Lá Dá Cá foi uma grande supresa pra mim, que não esperava nada do seriado, até porque o piloto em 2005 foi fraco. É uma pena que Fernanda Souza (Isadora) não esteja mais tão gostosa em 2008 como estava em 2007, mas mesmo assim o programa é um sitcom mau-caráter muito bem feito, com personagens marcantes e momentos de rachar de rir.
blogaritmox@gmail.com
Um comentário:
Ótima matéria, parabéns!
Seria legal também uma sobre as #10's personalidades da TV brasileira atual.
E, caso tenha se esquecido:
http://br.youtube.com/watch?v=uKDyM2fzjN4
Abraço!
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