Foi com essa frase que o Ratinho encerrou a entrevista com Guilherme de Pádua, realizada ontem (08 de abril) ao vivo em seu programa. Obteve picos de 12 pontos, mais do que o dobro do que o programa costuma registrar. O apresentador ficou visivelmente incomodado com as esquivas do (?), que se recusava a responder objetivamente o que lhe era perguntado (veja os vídeos no fim do post).
A proposta de Ratinho (além de ganhar uns pontinhos no ibope) era dar a oportunidade de Guilherme dar a sua versão dos fatos, ou mesmo acrescentar algo em sua defesa. Preferiu dar voltas, bater boca com o apresentador ("-Você é um ator" "-Você também é!", veja o vídeo), cujo temperamento explosivo Guilherme já deve, no mínimo, ter ouvido falar. Mesmo na cadeia...
A entrevista foi sem plateia, conforme exigência do convidado. Dizendo-se afujentado, ele deu para trás: encheu de bandeirolas todas as suas respostas, afirmando estar proibido de tocar no assunto que, afinal, era o objeto da entrevista! Culpou também as ameaças que teria sofrido no Twitter. Cansado de insistir, Ratinho não fez rodeios: "você está me enrolando". O outro se defendeu dizendo que se falasse, Ratinho não iria pagar os seus advogados. Ele se disse arrependido, e que sonha com o perdão de Glória Perez. "Eu também não perdoaria você", encerrou o apresentador já de saco cheio.
A entrevista foi sem plateia, conforme exigência do convidado. Dizendo-se afujentado, ele deu para trás: encheu de bandeirolas todas as suas respostas, afirmando estar proibido de tocar no assunto que, afinal, era o objeto da entrevista! Culpou também as ameaças que teria sofrido no Twitter. Cansado de insistir, Ratinho não fez rodeios: "você está me enrolando". O outro se defendeu dizendo que se falasse, Ratinho não iria pagar os seus advogados. Ele se disse arrependido, e que sonha com o perdão de Glória Perez. "Eu também não perdoaria você", encerrou o apresentador já de saco cheio.
O crime que o ex-ator praticou até hoje carece de uma explicação convincente. A mais aceita envolve até rituais de magia negra, em que De Pádua e sua ex-esposa estariam envolvidos. Trata-se de um homicídio que se sustenta em atos de estupidez e barbárie, que infelizmente aconteceu numa época em que a lei não tratava o assunto com a devida atenção. E olha que já foram dadas várias oportunidades de estes dois assassinos se justificarem, mas em todas o resultado é o mesmo: as explicações não saem.
Ratinho fez questão de lembrar a entrevista de Glória Maria com o Guilherme, anos atrás. Na época, ninguém viu nada contra o trabalho da jornalista. Houve que desmerecesse a ideia do Programa do Ratinho e atacasse com comentários inflamados, e o que fizeram com ele foi de uma injustiça tremenda, mesmo sendo verdade que ele não é nenhum benfeitor da TV brasileira.
Precisava disso para chegar às minhas próprias conclusões sobre um caso superdivulgado, que entrou para a história do Direito Penal brasileiro (sem exagero). E tirei minhas constatações. Desde o primeiro momento eu queria ver a entrevista mesmo, e aprovei o trabalho do apresentador durante todo o tempo em que esteve no ar com o convidado. Ratinho foi respeitoso até a página 20, quando viu que a conversa não estava indo a lugar algum, e que não estava havendo reciprocidade desse respeito. Se não queria falar, Guilherme, bastava não ter ido.
PROGRAMA DO RATINHO
Um comentário:
Acho que Ratinho fez um bom trabalho, e não deveria ser tão criticado como está sendo!
Sem querer ferir a memória da atriz, e muito menos justificar o assassinato, mas o que acontece com o entrevistado (não querer falar) é compreensível. Pelo que me contam - pessoas que acompanharam o caso na época - a vítima não era tão santinha quanto se faz crer (mais uma vez reitero que não pretendo justificar um crime!), e talvez por isso de Pádua não queira contar a "real" versão dos fatos. Se ele falasse uma palavra sequer contra ela, seria mais condenado do que já é - além de ser processado pela mãe, que devia conhecer muito bem sua filha, mas claro que não deixou de amá-la...
Então, por um lado, o melhor pra ele é ficar quieto. Já que é assim, não deveria ter concordado em dar a entrevista.
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