segunda-feira, abril 26, 2010

ESPECIAL CHEERS | PARTE 4

Talvez Cheers tenha sobrevivido aos primeiros e difíceis dias por conta do baixo custo de produção: eles conseguiam construir uma boa história sem sair do cenário do bar. Acontecia, mas muito raramente eles utilizavam outros ambientes.

Dentre outros significados, a palavra Cheers representa aquela exclamação que fazemos quando brindamos. É um grito de ânimo, alegria. Como quando dizemos "Saúde!", em português.

A série foi criada pelos irmãos Glen Charles e Les Charles ao lado do diretor James Burrows. Na concepção original, o cenário escolhido era o de um hotel, que foi resumido a bar e deu supercerto.

Como já vimos, tudo mudou com a estreia de The Cosby Show, em 1984, quando o público também descobriu Cheers. Mas em 1985, no auge, o elenco sofreu sua primeira baixa: o falecimento de Nicholas Colasanto, o Coach. Seu personagem também morreu na série, e várias homenagens foram feitas a ele. Porém, nenhuma se compara a uma feita quando Nick ainda estava vivo.

Em "Treinador Apaixonado" (3ª temp.) Coach se envolve com uma bela senhora, e planejam se casar. Só que ela ganha na loteria e desiste do casamento, pois queria viver no desbunde. Mesmo assim, no "grande dia", ele fez questão de continuar esperando. As horas vão se arrastando, mas Sam e Diane ficam no bar fazendo companhia a ele. Quando finalmente desiste de esperar, o telefone toca - Coach atende e faz todo um discurso condenando a atitude da mulher, mas não deixa quem está na linha falar. Quando termina o desabafo, diz que agora sim podem ir embora. O telefone toca de novo, e Coach não quer nem saber, mas Sam não tem certeza de que era a ex-noiva que estava ligando. Sam até tenta verificar, mas Diane o impede: "Deixa, Sam. É ela.".


Para preencher a lacuna do Treinador, escalaram o jovem Woody Harrelson, para o papel de Woody Boyd.

Na 5ª temporada, Shelley Long procurou os produtores para anunciar que não iria renovar seu contrato, que era de 5 anos. Nos bastidores, sua saída seria justificada pelas constantes brigas com Ted Danson (Sam), bem como por supostos ataques de estrelismo da atriz: "A verdade é que Shelley era muito mais parecida com a Diane do que ela admite", afirma o ator. Incomodada com a ascenção de Kelsey Grammer (Frasier), ela teria pedido sua cabeça aos produtores, que se recusaram. E ela deu adeus.

Dias de desespero antecederam a saída de Shelley; como castigo, não teve o sucesso que esperava ter em sua nova vida independente. Em sua defesa, ela diz ter consciência de que não estava "sabotando" o show, pois confiava no talento dos companheiros. Quanto a Cheers, eles só alcançaram estabilidade a partir da 6ª temporada, quando Kirstie Alley assumiu o papel de Rebecca Owe, a bela caçadora de milionários. Nos testes, a atriz estava vestida de Diane para convencer os produtores.

Tudo ia tão bem que, em 1987 os criadores resolveram bolar um spin-off (série derivada), enquanto a original ainda estava no ar. Assim, em janeiro daquele ano estreava The Tortellis, protagonizada por Nick (Dan Hedaya), ex-marido de Carla que se considerava um presente de Deus para as mulheres, e sua nova esposa "loira gostosa, mas burrinha" Loretta (Jean Kasem) - ambos já conhecidos pelo público. Mas não deu certo, e foi cancelada pela NBC após 13 episódios.


http://img704.imageshack.us/img704/3986/tortellis.jpg


Depois disso, parecia que o pior já havia passado, até que o então presidente da NBC viveu o que ele mesmo define como o pior dia da sua vida: por telefone, Ted Danson comunica que não tinha mais interesse em continuar com a série. Era o fim de Cheers. Já tinha sido difícil ter que se virar sem Diane; mas sem Sam não daria pra continuar.

Em 20 de março de 1993, a cidade de Chicago criou o "Cheers Day", coincidindo com a exibição da series finale. Na comemoração, o elenco se reuniu na cidade, onde também assistiram juntos ao último episódio "One for the road" ao lado de 45% da população estadunidense: 80,4 milhões de pessoas, uma das maiores audiências da história do país: mais até do que o desfecho de Friends, visto por 52,5 milhões de telespectadores.

A ocasião era tão especial que os atores se empolgaram na festa e... beberam demais. Todos eles. Se fosse só isso, tudo bem: o chato foi que eles tinham uma entrevista ao vivo com o apresentador Jay Leno. Entrevista marcada, entrevista concedida... com a galere de pileque mesmo. Veja:


Cheers - A despedida
JAY LENO ENTREVISTA O ELENCO
Todos bêbados...



2 comentários:

J. Júnior disse...

Impressionante o número de pessoas que assistiu ao último episódio de "Cheers": 80,4 milhões. Puxa! Foi mesmo sucesso absoluto e incontestável.

Vendo a imagem do Dan Hedaya lembrei do filme cult "As Patricinhas de Beverly Hills", no qual ele interpreta o pai mal humorado da Cher Horowitz, personagem de Alicia Silverstone. Ele é um ótimo ator.

Boa semana!

Alan Raspante disse...

Cara 80,4 milhões ?!
OMG, agora estou sem entender o porquê de cheers nunca ser exibido aqui no Brasil por uma emissora de Tv Aberta afinal foi msm um sucesso inestimável ! xD

"Blog de humor e fantasia, criado para fins de entretenimento, apenas. As informações e opiniões aqui contidas podem não corresponder à realidade. Se você se ofendeu com alguma postagem, certamente a mesma se trata uma ficção que deve ser imediatamente desconsiderada, e não levada a sério"
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