A TV brasileira chega aos 60 anos com uma crise de identidade que nem passava pela nossa cabeça há 10 anos, quando houve aquela festa toda em comemoração ao cinquentenário. Na ocasião, Gugu era ovacionado na TV Globo, onde foi um dos apresentadores do Especial 50 Anos de TV, ao lado de grandes estrelas globais.
Quem diria, naquela época, que hoje Gugu estaria fora do SBT? Que a Record estaria lutando com unhas e dentes pela liderança? Que Manoel Carlos iria escrever uma novela tão detestada como Viver a Vida? Que as produções independentes iriam lançar sua semente maligna pelas grades de canais importantes como o SBT?
As perguntas poderiam continuar ad aeternum. Nos últimos 10 anos a TV passou por grandes transformações, não tão eletrizantes quanto a tecnologia, mas que não deixam de pegar desprevenidos os que perderam o bonde. E se estamos analisando apenas uma década, tiremos por seis delas: 60 anos. Nada é mais como era em seus primeiros anos; passamos por várias transformações, talvez mais radicais do que as da televisão norte-americana, cuja variedade de canais consegue atender à demanda dos mais diversos públicos.
Os arquivos da nossa televisão trazem relíquias que vão ficar para sempre. Tanto os programas originais, produzidos aqui (dentre eles a novela, o que sabemos fazer de melhor nessa área) quanto os que importamos e deixamos com a nossa cara, como as grandes dublagens a exemplo de Chaves e Os Simpsons.
A TV brasileira completa 60 anos numa fase de transição: do jeito que está, não vai continuar. Muito disso se deve ao embate entre Globo e Record (e o SBT no meio), passando pelo "atrevimento" da Band em querer se aproveitar da má fase da antiga TVS para lhe tomar o 3º lugar, que já deve estar sendo suficientemente difícil de engolir. No alto de sua torre de marfim, a Globo já não sabe lidar com o conservadorismo (dela e do público), ficando às vezes numa situação constrangedora, como é a agonia vestida de arrogância do Fantástico. Já a Record vem numa campanha frenética, transformando em festa qualquer minutinho de liderança que conquiste, em qualquer hora do dia. A história dos próximos sessenta anos pode depender do resultado dessa guerra.
Quem diria, naquela época, que hoje Gugu estaria fora do SBT? Que a Record estaria lutando com unhas e dentes pela liderança? Que Manoel Carlos iria escrever uma novela tão detestada como Viver a Vida? Que as produções independentes iriam lançar sua semente maligna pelas grades de canais importantes como o SBT?
As perguntas poderiam continuar ad aeternum. Nos últimos 10 anos a TV passou por grandes transformações, não tão eletrizantes quanto a tecnologia, mas que não deixam de pegar desprevenidos os que perderam o bonde. E se estamos analisando apenas uma década, tiremos por seis delas: 60 anos. Nada é mais como era em seus primeiros anos; passamos por várias transformações, talvez mais radicais do que as da televisão norte-americana, cuja variedade de canais consegue atender à demanda dos mais diversos públicos.
Os arquivos da nossa televisão trazem relíquias que vão ficar para sempre. Tanto os programas originais, produzidos aqui (dentre eles a novela, o que sabemos fazer de melhor nessa área) quanto os que importamos e deixamos com a nossa cara, como as grandes dublagens a exemplo de Chaves e Os Simpsons.
A TV brasileira completa 60 anos numa fase de transição: do jeito que está, não vai continuar. Muito disso se deve ao embate entre Globo e Record (e o SBT no meio), passando pelo "atrevimento" da Band em querer se aproveitar da má fase da antiga TVS para lhe tomar o 3º lugar, que já deve estar sendo suficientemente difícil de engolir. No alto de sua torre de marfim, a Globo já não sabe lidar com o conservadorismo (dela e do público), ficando às vezes numa situação constrangedora, como é a agonia vestida de arrogância do Fantástico. Já a Record vem numa campanha frenética, transformando em festa qualquer minutinho de liderança que conquiste, em qualquer hora do dia. A história dos próximos sessenta anos pode depender do resultado dessa guerra.
O ano sessenta, por si só, não merece tanta festa. O que podemos e devemos comemorar são os cinquenta e poucos que vieram antes dele.
3 comentários:
O melhor mesmo é torcer para que nossos filhos pegue uma televisão com qualidade, porque olha...tá difícil!
Foram muitas mudanças e outras muitas devem estar por vir. Quero ver como será a disputa de emissoras com a consolidação da TV digital, nos próximos anos. Creio que a tendência é ir diminuindo a audiência, por isso defendo que as emissoras brasileiras se renovem. E isso não vai acontecer enquanto continuarem a ser mandadas pelos "donos".
A trajetória da TV brasileira com certeza merece aplausos e parabéns, mas a situação atual está deprimente, em minha humilde opinião.
Não é raro ouvir pessoas dizendo que a TV de hoje nem lembra a de antigamente e que os programas atuais são altamente questionáveis!
Pessoalmente, a cada dia assisto menos TV e creio que essa tendência só tende a aumentar. Daqui a alguns dias só vou assistir mesmo uns 2 ou 3 programas, dos quais não abro mão.
Até mais.
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