A Vida Alheia, que estreou ontem (quinta-feira, 8 de abril) na Globo pode ser tudo isso, menos uma comédia. O seriado foi vendido pelos colunistas de TV como "a nova sitcom" de Miguel Falabella, mas de sitcom aquilo ali não tem nada.
Não sei dizer se foi exatamente ruim, apenas não estava esperando aquilo. Os tais "bastidores de uma revista de celebridades" lembraram (e muito) a premissa de Dirt, drama estrelado por Courteney Cox, cancelado pelo canal FX há alguns anos. Coincidentemente, já falamos dele neste post.
O humor de A Vida Alheia até que existiu, principalmente na sempre milagrosa interpretação de Marília Pêra como a dona da revista. Cláudia Jimenes, como a austera editora-chefe, simplesmente não passou confiança. Era apenas uma mulher mau-humorada e mau amada.
A intenção era essa? Satirizar de uma forma tão ácida os jornalistas de celebridades? Há os que se sobressaem pela falta de ética, mas felizmente essa não é a regra no Brasil. Os sites especializados, como o Ego, estão mais para portais de informações imprestáveis, mas geralmente inofensivas, como as peripécias de Bianca Jahara em seu frenético cotidiano. Os que criam boatos e "aspas", estão mais para a linha de publicações como a Conta Mais, mas quem leva a sério uma revista dessas? E não está nem na rabiola da lista das mais lidas, ao contrário da revista A Vida Alheia, que na trama é "a mais vendida do país" (se bem que, conhecida a história, dá pra notar uma inteligente ironia nisso).
Se o foco do seriado é o jornalismo de celebridades, creio que se desviou um pouco da realidade do país. Porém, se sairmos do óbvio, e fizermos algumas analogias a partir do editorial de A Vida Alheia, não é tão absurdo assim. Por outro lado, os representantes da classe tomaram a crítica para o lado pessoal. Fabiola Reipert, que não é conhecida por ser flor que se cheire no trabalho que faz (honestamente, diga-se), foi a primeira a se manifestar contrária ao que viu. Começou questionando: "Em qual revista Miguel Falabella se inspirou para criar A Vida Alheia?". E seguiu com sua indignação: "Essa mesma imprensa nunca veio a público falar de particularidades da vida dele, que certamente iriam irritá-lo. Há muitas fotos também de atores em situações comprometedoras, por exemplo, que não são publicadas por pura questão de ética. Ética usada por esse jornalismo de celebridades que Falabella está tentando desmerecer em seu seriado".
Eu ainda preferia que fosse uma comédia.
2 comentários:
Eu gostei.
Eu gostei tb.
Mas foi aquela coisa, esperei uma coisa a la Toma lá da cá, e me ferrei. Pra mim seria mais uma comédia do Falabella, o que não foi.
Mas vou conferir sempre.
:D
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