sexta-feira, agosto 19, 2011

Maria Antonieta de las Nieves: "Tentei me reaproximar dos meus colegas, mas ninguém respondeu"

Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, está no Peru para se apresentar com o seu circo. A atriz, de 60 anos, recebeu o repórter Alan Benites, do jornal Perú21, para uma entrevista na cidade de Trujillo.

Muito sensata, Maria Antonieta realmente foi sincera em suas colocações, honrando um dos adjetivos com que se define logo na primeira resposta. Sem causar polêmica, ela lembrou com carinho do seu tempo em Chaves e só lamentou a distância que tem com a maioria dos colegas de elenco. A esse respeito, no ano passado, naquele mesmo país Carlos Villagrán desmentiu que tenha recebido qualquer mensagem de Maria Antonieta de las Nieves propondo um reencontro. Relembre aqui.

E uma curiosidade: para nós, no Brasil, "Chiquinha" é realmente um nome (ou um apelido carinhoso para Francisca), mas no México "Chilindrina" é tão-somente um pão doce. Assim, nos países de fala espanhola, não faz sentido uma garotinha ter o mesmo nome de um pão, do mesmo jeito que "Chavo" (menino) não é o verdadeiro nome do Chaves. Maria Antonieta nos revela que Chilindrina é só um apelido da sua personagem, e o seu nome verdadeiro é só mais um os mistérios de Chaves...

Confira a íntegra da matéria, em sua formatação original.

 
"Não sei se quero me reunir com o Chaves"
A 'Chiquinha' chegou a Trujillo com seu próprio circo. Com 60 años, a eterna menina chorona e travessa segue deleitando várias generações. 
Por Alan Benites (PERU)

“Quando pensei que a carreira da Chiquinha e de María Antonieta estava em declínio, me vêm coisas maravilhosas e recebo o carinho de diversas gerações que têm me visto e que me seguem gostando”, nos disse María Antonieta de las Nieves.

Perú21: Qual é o segreto do seu sucesso?
Maria Antonieta: O segredo é ser honesta e sincera, e fazer o que gosto. Adoro ser a‘Chiquinha’. Se não a faço, fico mal. Se eu fizer, eu estou errado. No ano passado eu passei seis meses fora do trabalho e eu estava emocionalmente muito mal, então, o Peru foi minha tábua de salvação. É a segunda vez que este país me salva de estar mal emocionalmente. É maravilhoso o carinho que as pessoas têm para comigo aqui, tanto que estou pensando em não sair do Perú (risos).

Por que o nome ‘La Chilindrina’?
Quando estávamos no programa de ‘Chespirito’ (Roberto Gómez Bolaños), ele adorava os nomes com Ch. Eu já havia feito uma personagem com sardas, como ele me viu várias vezes, disse: um nome com Ch para a menina com sardas e veio o nome ‘Chilindrina’, que é um pão com manchas negras no meu país. Agora, ‘Chilindrina’ está em vários dicionários como sinônimo de menina de oito anos, travessa e que chora.

Falando de Roberto Gómez, o que diz sobre a sua relutância em assistir à celebração dos 40 años do Chaves?
Eu não ouvi isso sair da boca dele; então, não vou acreditar que seja verdade. Porém, se ele disse que não quer, bom pra ele, pois se lhe fazem uma homenagem e não quer compartilhá-la conosco, não podemos fazer nada.

Você gostaria de ir a essa homenagem?
Adoraria porque eu sinto que esse programa sem todos nós não teria sido o que é. O ‘Chaves’ não é nada sozinho; são também ‘Kiko’, ‘Chiquinha’, ‘Seu Madruga’ (falecido), ‘Senhor Barriga’. Eu creio que a homenagem deveria ser para todo o grupo que permanece na Terra. Talvez  ele não queira porque a mesma imprensa vai comentar sobre as diferenças que há ou houve no passado.

Você gostaria de se reunir com os personagens da vila?
Já não sei se gostaria ou não, porque tentei a reaproximação em várias ocasiões e nunca ninguém me respondeu. Então, já não sei se seria tão bonito como eu esperava. Bem, além do mais, se não querem se reunir, que pena. Eu tenho que ir em frente e fazer novos amigos e desfrutar a vida como eu tenho que vivê-la.

O programa teve vários segredos, como os seus nombres…
Ninguém jamais soube como se chamava o Chaves ou a Chiquinha (‘La Chilindrina’), porque esse era meu apelido. Também é segredo o que o Doutor Chapatin carregava em sua sacolinha. Estes foram alguns dos segredos mais bem guardados do programa.

Alguma vez improvisaram nas gravações?
Nunca teve improvisação. Foi um programa muito bem cuidado, mas quando queríamos aumentar algo o colocar algo, o fazíamos no ensaio, e se o Chespirito não gostava, não entrava. Era assim porque era seu roteiro, e o fez tão bem que as pessoas até agora continuam assistindo. Além do mais, éramos tão bons atores que as pessoas pensavam que o nosso trabalho era espontâneo.

Qual é a cena que você mais recorda do programa?
Quase não lembro das escenas porque as fiz apenas uma vez. Quem mais lembra dos programas são vocês, que os assistiram mais de dez vezes cada um.

A cena de Acapulco te marcou por ser a despedida do Chaves?
Foi um final muito doce, e o mais bonito é que no final dessa cena entra um cãozinho vagabundo e se acomoda ao redor da fogueira e se senta junto do Chaves. Que coisa mais maravilhosa. Um pôr-do-sol incrível em um paraíso como é Acapulco. Foi maravilloso. Eu choro cada vez que vejo.

Que personagem do programa você mais recordas?
Do ‘Seu Madruga’, que foi meu pai como ‘Chiquinha’ e padrinho de casamento da minha mamãe’, María Antonieta de las Nieves. Foi o único de todo o grupo que foi testemunha e padrinho do casamento. Nos gostávamos muito. Foi uma relação mais além das câmeras, mas nunca fomos a um restaurante sozinhos para comer, e agora me arrependo.

Você se comunica com algun outro personagem? 
O único com quem me comunico é com Édgar Vivar, o ‘Senhor Barriga’. Às vezes nos comunicamos por Twitter, Facebook ou via e-mail. Gosto muito dele.

Além do circo, que outras coisas você está fazendo?
Com o circo estou levando grandes shows a diversas partes para celebrar os 40 años da Chiquinha. Deixe-me dizer que até agora estou bem com a personagem. Posivelmente daqui a dez anos eu venha ao Perú com circo da ‘Biscavó’ (risos). Quando me perguntam quando vou me aposentar, eu digo que nunca porque vou a pasar de um dia para outro da menina chorona à velhinha que continuará fazendo suas travessuras. No México tenho un compromiso para assistir em 29 de agosto à estreia da telenovela Amar de nuevo, da qual participei. Tenho que ir divulgar a novela na próxima semana.



Um comentário:

Alan Raspante disse...

Entrevista bacana. Não sabia que o nome dela era apenas um apelido, nunca tinha me passado isso na cabeça! rs

"Blog de humor e fantasia, criado para fins de entretenimento, apenas. As informações e opiniões aqui contidas podem não corresponder à realidade. Se você se ofendeu com alguma postagem, certamente a mesma se trata uma ficção que deve ser imediatamente desconsiderada, e não levada a sério"
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