domingo, setembro 07, 2008

ESPECIAL RAMON VALDÉS | FINAL

Don Ramon e Seu Madruga são nomes comuns pra você. Aliás, o último chega a ser melhor do que o primeiro. A grande maioria dos mexicanos desconhece que o Don Ramon deles é chamado de Madruga por aqui. E os que sabem, não entendem o porquê. Para eles, é um "detalhe inquietante". É espantoso para os mexicanos o carinho que temos com o personagem, seja pelas incansáveis montagens em que ele aparece na internet, pelos jogos do Chaves que criamos por aqui, ou seja também pela repetição exaustiva do nome Madruga em tantas páginas por aí.
Mal sabem eles a razão do nome Seu Madruga. Acontece que a equipe Maga não foi muito com a cara do nome Don Ramon para o personagem. Nessa semana, no programa Olha você (SBT), o dublador Carlos Seidl explicou que o nome Madruga veio porque acharam que o personagem tinha uma feição meio boêmia, e de quem não havia dormido bem à noite. Daí o nome que eternizou o Madruguinha em nossas cabeças - aliás, no México, o apelido é Monchito (com O de Oscar).
E olha só, o estúdio Maga não tem pra onde ser mais perfeito - mudaram o nome de Don Ramon por acharem que ele não dormia bem à noite, e no Desenho do Chaves o personagem surge, justamente, com olheiras.
Enfim, de nada adiantaria falarmos do Seu Madruga sem darmos os créditos ao grande dublador Carlos Seidl, que emprestou uma voz tão verdadeira a Ramon Valdés. Originalmente o ator tem uma voz meio rouca, bem diferente da voz firme do seu dublador brasileiro - que também é ator, mas costuma fazer apenas pequenas participações na tevê. Recentemente, fez uma ponta na novela Paraíso Tropical (Globo). E também já se arriscou como protagonista ao lado de Marcelo Gastaldi em Feroz e Mau Mau, piloto de série levemente baseado nas de Chespirito, mas que infelizmente não vingou (mas é um assunto pra outro dia).
Carlos Seidl continuou dublando as séries, e quem diria, da união dessas diferenças nasceu o Madruguinha, primo do Madroga, pai da Chiquinha. Eu não gosto de misturar os dois, o brasileiro e o mexicano têm suas diferenças, que vão além do nome. A perfeita sintonia entre ambos deram um ar muito mais agradável ao personagem, que morreu há vinte anos, mas deixou aqui não só o seu dublador, como também várias lições. Ensinamentos que saíram da mente de Chespirito, mas que foram eternizadas por uma das figuras mais respeitadas e veneradas do Brasil.
Encerrando esse especial em que falamos tanto sobre o ícone Ramon Valdés, fica uma declaração dada pelo próprio Chespirito sobre o que sentia pelo amigo: "Uma espécie de inveja boa, de suas faculdades de expressão. Ramón podia fazer un gesto tosco e a pessoa começava a tremer, eu pensava: 'que não me encontre com um desses à noite em uma rua', e logo imediatamente, um sorriso, e a pessoa o adorava porque era de uma simpatia genial. Um pouco descuidado, talvez não chegou a brilhar mais, não por falta de talentos, senão porque... não tinha muito interesse nisso".

"Meu pai e eu contemplamos

a estrelinha do espaço
iluminando as coisas..."


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